Moro aqui no meu pequeno mundinho de poucas quadras em Botafogo, demorando no máximo 20 minutos para me deslocar até onde minha vida acontece. Assim, quando saio dos meus domínios, sinto até uma emoção. E ir ao centro, por certo, causa-me o maior frenesi.
O centro do Rio, chamado pelos locais de "a cidade", é puro movimento, tem gente de todos os jeitos, mas especialmente homens e mulheres jovens usando a última moda em terninhos e vestidos coloridos. A moda das calçadas, curiosamente, é cópia fiel do se vê nas vitrines da Rio Branco e arredores.
Isso não é tudo que tem para ser visto, claro. Entre um passo rápido e outro, uma conferida se a bolsa está no mesmo lugar, sobram segundos de tempo para dar-se conta do que mudou desde a última vez. Há sempre uma loja diferente no lugar daquela que já foi familiar um dia.
E há ainda as livrarias, os livros tentadores, o café entre livros que faz qualquer alma ficar feliz. Assim ficou a minha hoje ao almoçar entre livros na Travessa. Ô coisa boa! Sai de lá com apenas um volumezinho fino, do Paulo Freire. Aliás, sobre leitura.
E o que sentir quando se encontra uma conhecida? E ainda mais um conhecida do outro lado do Atlântico?
Talvez que: não importa quão grande seja, não importa o número de ruas e cruzamentos, não importa quantas pessoas circulam pelas ruas, por algum momento até a maior das cidades pode ganhar traços de cidade pequena.
Um comentário:
Fui fisgada por este post quando entrei no blogue da Clara pra fazer meus registros de mommy. Delicia de leitura e de passeio, Rafinha.
beijos
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