sexta-feira, 1 de março de 2024

Piscamos e já estamos em março!

Em dezembro, no começo do mês, eu comecei um post que nunca publiquei. Fiquei com pena de apagar. Entao começo este post com estes três parágrafos: 

Hoje de manhä, quando estava no bonde, tocou uma música que me deixou alegre. Eu raramente ando ouvindo música, mas hoje estava precisando. Foi bom.

Ontem eu consegui ir de bicicleta para o trabalho, mas hoje resolvi vir de bonde porque há previsao de chuva. No verao, a chuva nao me assusta, mas no inverno já tem o frio. Se tiver chuva ainda, é um pouco demais. 

Amanhä teremos a festa de Natal no trabalho. Quase ninguém da biblioteca vai. Acho meio triste, mas confesso que até eu mesma estou com preguica de ir.  

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Agora já é março!

Que quase já nem lembro o que fiz nos dois primeiros meses. Janeiro parece que passou voando. Tínhamos tantos compromissos bons. 
Fomos a uma festa de aniversário de "80 anos", ou melhor dizendo, de duas pessoas que completavam 40 anos. Dancei como há muito nao fazia. Foi maravilhoso! T. foi dormir e eu fiquei com uma meia dúzia dancando sucessos alemaes dos anos 80. Algumas coisas eu conhecia. Outras foram belas surpresas. Quando cansei, fui para uma salinha ao lado da pista, onde um grupo de mulheres conversava animadamente. Fiquei por ali mais uma meia horinha. Foi uma noite bem feliz.

Também fizemos uma viagem à Áustria para comprar umas cadeiras. Quando vimos as tais cadeiras em um café, nos apaixonamos. Depois descobrimos que elas eram vendidas somente na Áustria. Planejamos que iríamos buscá-las. Demorou um tempinho, mas em janeiro fomos lá. Aproveitamos para passear por duas cidades no caminho. 

Feveiro foi um mês mais pesado. Respiro fundo agora, pensando como as coisas estao melhores. Eu precisei fazer dois exames. Um deles, deu um resultado ruim. Fiquei muito apreensiva durante semanas, até fazer um segundo exame, que apresentou um resultado melhor. 

Março foi um mês bastante esperado, pois temos uma viagem, um casamento, depois um fim de semana num pequeno paraíso (que reservamos em janeiro de 2023!). A primavera está chegando, o que sempre me faz tao bem. Perspectiva de dias menos frios e mais longos. 
 


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Pequenos comentários

No curso de italiano, de vez em quando, escutamos algumas músicas. Uma delas foi “L'isola che non c'è”, de Edoardo Bennato, música que ouvi hoje no rádio agora há pouco e me lembrei das últimas férias. Estava ao balcão de uma padaria em Pádua, esperando para comprar um café e um croissant, quando ela começou a tocar. Eu fiquei contente por tê-la reconhecido.

Com os dias ficando cada vez mais frios, estou pensando em trabalhar alguns dias de casa. Hoje, um colega do setor de TI reinstalou o acesso em meu novo computador. Mencionei que a minha câmera estava estragada. Ele pediu para olhar e chegamos à conclusão de que estava simplesmente fechada. Eu ri. Uma coisa tão boba. Eu já estava prestes a encomendar uma câmera externa.

 

No ano passado, a mãe estava aqui. Eu estava doente e não sinto saudades disso, mas sinto falta de passearmos juntas por aqui. Antes de eu passar pela minha cirurgia, fomos algumas vezes a diferentes mercados de natal.

 

Já faz tanto tempo que lojas e casas estão enfeitadas, que parece que o natal já está logo ali. Dezembro ainda nem começou. Amanha já podemos abrir nossos calendários do advento. Penso em comprar um nos próximos dias, quando passam a ser vendidos com um bom desconto.

 

Hoje li que uma atriz de Barrados no Baile está com um câncer incurável. Há alguns anos, ela teve câncer de mama. Ler esse tipo de notícia me dá um aperto no coração. Ninguém consegue prever o futuro, eu não sei se ficarei doente de novo, mas sinto uma angústia.

sábado, 4 de novembro de 2023

Uma viagem ao frio

Estou no Brasil faz três dias. Depois de quase 30 horas de viagem, cheguei à casa da minha mãe. No dia em que peguei o avião na Alemanha, ela me escreveu contando que estava com covid, havia feito o teste uns minutos antes. Fiquei em um dilema, sobre ir para um hotel nos primeiros dias ou vir direto para casa. Afinal, ela precisava de alguém para lhe cuidar.

Acabei vindo para casa. Estamos as duas de máscara, conversando de longe. Comprei máscaras, álcool em gel, luvas descartáveis e testes. No primeiro teste, a marquinha estava bem forte. No de hoje, ainda aparece, mas bem mais fraca. Eu continuo ilesa e espero que continue assim. 

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Eu planejei essa viagem lá por agosto. Gostaria de fazer uma pequena viagem com a minha mãe. Inicialmente, havia pensado no Uruguai, mas ela não estava muito bem e acabei não programando nada. No final, foi até melhor. Se ela melhorar até a semana que vem e se eu não estiver infectada, pensamos em ir a Gramado. Vamos ver se vai dar. 

Nesta semana, vou à médica aqui. Quero fazer todos os exames de sangue possíveis, tudo que na Alemanha é tão difícil.

Eu tinha planos de visitar algumas amigas, mas cancelei tudo. Acho que desta vez ficarei mesmo somente por aqui.

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O gato da minha mãe é totalmente dedicado a ela. Fico impressionada. Quando tínhamos a Mima, sempre que eu ou a minha irmã vínhamos para cá, ela simplesmente ignorava a minha mãe e só ficara ao nosso redor. Agora, o Fafá é que faz isso, mas com ela. Não está nem aí para quem chega. Afinal, no resto do tempo são só os dois em casa. 

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Está um frio danado aqui. Quando perguntei pra minha mãe, ela me disse: está quente... Agora estou aqui com os pés gelados. Tomara que melhore.


Às vezes, parece ser melhor ser alienada

Escrevi os primeiros dois parágrafos faz um tempão, acho que um mês:

O mundo está sempre em uma convulsão louca, mas há momentos em que parece que piora. Confesso que estou preferindo viver de forma alienada, dentro do possível. Não que em algum momento eu tenha tomado conhecimento mais aprofundado sobre temas de política global. Acesso diariamente pelo menos seis jornais diferentes, do Brasil e da Alemanha, mas o que obtenho são apenas informações superficiais, que já me deixam muito nervosa.

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Estive de férias por duas semanas. Voltei bem descansada ao trabalho. Na primeira semana, fui para o norte da Itália. Viajei de trem, via Munique e Innsbruck. Que viagem linda de trem. Há momentos em que parece que você está dentro de um daqueles filmes bem feitos de turismo, com montanhas ao fundo, casas bonitas com flores nas janelas, vaquinhas pastando no verde.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Elucubracoes sobre uma muda de roupa

Hoje estou vestindo a mesma roupa de cinco anos e pouco atrás, a mesma que usei para a entrevista de emprego na biblioteca. É quase como uma roupa de ir à missa. Simples, mas na qual me sinto bem. Nada aperta, não é quente e não é tão fresca. Ou seja, boa para um dia de aniversário.

Ao perceber minha escolha, pensei em várias coisas.

Primeiro: em cinco anos não comprei nada que substituísse essa dupla de calça e blusa. A calça comprei no dia da entrevista, umas horas antes. A blusa ganhei de uma ex-sogra. Ela havia recebido um presente de uma loja cara no Rio que só vendia tamanhos pequenos. Como não conseguiu encontrar nada para ela, me deu a roupa para trocar por algo para mim. Eu não sou muito consumista, tenho poucas roupas, mas todas bem simples. Se fosse convidada para algo mais chique hoje, provavelmente não teria algo mais requintado para usar. De qualquer forma, diria que meu guarda-roupa é adequado ao meu (baixo) nível de cuidados com as roupas.

Segundo: constatar que minha “roupa de ir à missa” está em ótimo estado e já tem cinco anos e meio me ligou o alerta. Aquela coisa de guardar as loucas bonitas para as visitas, sabem? Por que deixo essa roupa para usar somente quando acho que a situação é especial? Quando ela, na verdade, não tem nada de tão especial assim. Hoje de manhã quase fui na direção do jeans com camiseta, mas depois de segundos de indecisão, considerei que poderia usar as duas peças. Afinal, hoje é um dia especial.

Terceiro: tive um momento de felicidade ao perceber que, apesar de tudo que passei, minhas roupas sempre me servem.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Diversos

Hoje fui ao dermatologista, minha primeira vez aqui. Bom, a consulta foi relâmpago como a de qualquer outro médico. Eles parecem sempre estar com muita pressa, mesmo que nao haja mais pacientes a serem atendidos. Dois médicos olharam todas as pintas e marcas do meu corpo. Chegaram à conclusao de quem nao há nada de errado na pele. Apesar disso, quiseram fotografar uma mancha no pé. Ela já está ali há pelo menos 20 anos. Daqui a dois anos, quando eu voltar para novo controle, usam a foto para ver se houve modificacao.

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Coloquei recentemente dois lembretes na minha mesa do trabalho: 

    1. Lembre-se de tomar água!

    2. Faça tudo mais devagar, com mais atençao. 

Esse segundo ponto tem sido minha meta nas últimas semanas. Fazer tudo mais devagar. Pra que a pressa?! Eu costumo andar rápido na rua, trabalhar rápido, limpar a casa rápido. Comecei a me questionar para quê? Grande parte das coisas posso fazer mais devagar, olhando ao redor talvez, respirando. 

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Há algumas semanas, o gramado aqui do trabalho parecia ter morrido. Dava para ver a terra preta, como se tivesse sido incendiada. Agora, depois de um mês de chuva, tudo já está verdinho de novo.

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Outros hábitos que gostaria de desenvolver seriam:

- comer uma fruta pelo menos todos os dias

- passar protetor solar no rosto e nas mäos mais de uma vez por dia. Passo pela manhä e acho que deveria passar pelo menos depois do almöco

- aprender algumas palavras novas todos os dias, em qualquer idioma

 

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Com trilha sonora

Eu adoro ouvir rádio. Foi o primeiro objeto que comprei ao me mudar para a Alemanha em 2018. Não sei por que demorei tanto para comprar um para o trabalho. O bibliotecário anterior tinha um. No último dia, ele me disse: vou lhe deixar a chaleira elétrica, mas levarei o rádio. Nos últimos cinco anos, ouço música na internet, com fones. Mês passado, porém, tomei a decisão de comprar um radinho, que não usa pilhas, mas tem uma bateria recarregável via cabo usb. Ah, a modernidade. Agora, posso ouvir música, notícias e comerciais sem precisar de fones. Tao libertador. 

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Uma vizinha do T. fez aniversário nesta semana. 65 anos. E decidiu comemorar com 65 horas de programação. Eu achei a ideia genial. Não são 65 horas ininterruptas, mas 65 horas divididas em vários eventos. Estou feliz por ter chegado a sexta-feira e poder ir a Baden-Baden para comemorar um pouco com o grupo. Hoje, haverá um churrasquinho. Amanha, uma visita a uma emissora de tv e rádio, a SWR, e mais tarde, cinema ao ar livre. O presente planejado pelos vizinhos compreende 12 encontros, cada mês um vizinho fará algo com ela. Em setembro, iremos a um winebar juntos.

Aliás, presentear experiências é uma prática bem comum aqui. Dado que todo mundo tem ou pode comprar praticamente tudo que quer, presentear coisas não faz muito sentido. Ultimamente tentamos dar presentes que nos incluem também, passar um tempo com a pessoa. Ano passado, fomos a um musical com os pais do T. Neste ano, fomos ao cinema com o sobrinho do meio. Todos ficamos bem felizes. 

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Parece que o verão resolveu voltar por mais um pouco. A partir de hoje, depois de quatro semanas de chuva, será um pouco mais quentinho. Ainda bem! Eu terei uma semana de férias no final do mês e estou superanimada. Feliz porque fará calor. 

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Meu cabelo está crescendo... e encaracolando. Estou achando lindo!

Piscamos e já estamos em março!

Em dezembro, no começo do mês, eu comecei um post que nunca publiquei. Fiquei com pena de apagar. Entao começo este post com estes três pará...