terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Aprendizado de 2019: não crie expectativas

2018 foi um ano muito querido comigo.

2019 não ficou muito atrás.

Talvez uma das grandes lições dos últimos tempos tenha sido: não crie expectativas. Nem grandes, nem pequenas. Apenas viva da melhor forma que conseguir.

Foi o que fiz em 2018. E cheguei ao final do ano me sentindo feliz.

Neste ano, eu talvez não tenha seguido isso à risca. Criei algumas expectativas, as quais, obviamente, não se concretizaram. Porém, não fico frustrada ao me dar conta disso. Acho até bom, pois reforça o primeiro pensamento, de que a vida é mais feliz quando não cobramos demais de nós mesmos ou dos outros.

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Acabei de ler a carta de uma amiga, na qual ela faz uma pequena avaliacão de 2019. Nos meses futuros, ela espera descobrir mais sobre uma parte de si mesma, despertada neste ano. Isso gera um tanto de angústia, o que me fez ficar pensando: por que sempre temos que consertar algo? Por que sempre queremos mudar características que nem são tao negativas assim? Obviamente podemos ser pessoas melhores, nos colocarmos mais no lugar do outro, termos mais paciência conosco e com os outros e assim por diante, mas não é exatamente disso que se trata quando falamos entre amigos que precisamos resolver algumas coisas em nós mesmas. Queremos ser pessoas levemente diferentes, "melhor resolvidas", que não se abalam mais com coisas que sempre mexeram muito conosco.

Eu mesma me vejo lidando com temas que já me estressaram várias vezes em momentos diferentes da minha vida. Achei que estavam bem resolvidos. Ledo engano...

Não, não estão resolvidos, mas a forma como decidi encará-los mudou - ufa! Pelo menos isso! Menos reacoes intempestivas, mais respiradas - o que realmente funciona, junto com um afastamento do tema. Depois tudo parece ter menos importância, ainda mais quando é um tema que nem deveria ocupar meu tempo. A vida tem bem sido mais fácil assim.

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Uma das expectativas criadas para 2019 foi a de ter amigos aqui na Alemanha. Posso dizer que os lacos com os antigos se estreitaram e conheci pessoas que talvez com o tempo venham a ser amigos. As amizades aqui desenvolvem-se de forma diferente que no Brasil. Também notei que sem se mexer, nada acontece. Eu fiz a minha parte.

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Viajei o suficiente em 2019. Acordei em Londres no dia 1.01. Depois fiz duas viagens com a família da Dê. Conheci Estocolmo com a Simone. Recebi a visita da Anja e da família do Rodrigo. Encontrei a Tati no aeroporto. Fui ao Brasil. Fiz uma viagem com as sobrinhas e a mãe. Depois ainda passeei com a mãe por aqui e no Marrocos. Conheci a cidade do T. e, depois, a região de onde vêm os pais. E ainda teve os fins de semana agradáveis em Heidelberg e em Baden-Baden com ele. Definitivamente não dá para reclamar.

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Obrigada, 2019, pelas belas surpresas.
Que 2020 seja novamente generoso comigo e com todos.

E o tempo passou até que rápido

E não é que cinco semanas já se passaram? Mais quatro dias de trabalho e... férias!

Não sei se trabalhei mais neste ano ou se cansei mais por alguma razão, só sei que estou realmente, com todas as minhas forcas, contando esses últimos dias.

Porque estou me sentindo cansada, só penso em dormir no tempo que tiver livre, mas já sei que não será bem assim. Talvez no fim de semana, quando estiver na casa do T., mas não na semana seguinte, quando vamos para a casa dos pais. Não que seja preciso madrugar, mas também não dá para se levantar as 11h. O lado bom é que dá para fazer mais coisas ao longo do dia.

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Na semana passada, recebi um pacotinho especial vindo do Brasil. Eu já tinha uma ideia do que havia dentro, mas ainda assim fiquei bem emocionada quando finalmente vi a almofada que minha amiga Márcia fez pra mim. Há alguns meses, ela fez uma feijoada para os amigos e aproveitou para coletar as assinaturas que depois seriam bordadas pela Cris. Ficou lindo meu presente!





quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Seis semanas

Contando com esta semana, faltam seis semanas até o recesso de Natal/Ano Novo. Eu sou a pessoa das contagens regressivas, mas estou tentando disfarçar. Além do mais, há tantas coisas na agenda que o tempo vai passar voando de uma forma ou de outra.

Depois do clima ameno em Lisboa, onde passei dias tao felizes com amigos queridos, voltei para uma Alemanha que começa a ficar gelada. Quando viajei, a temperatura ainda estava acima dos 12 graus, agora entramos em um dígito e deve seguir assim até lá por... abril. Oh, mein Gott!

Talvez eu seja obrigada a comprar algumas roupas novas. Eu não sou muito consumista e neste ano, tirando um arroubo quando a mãe estava aqui (péssima influência), devo ter comprado umas 5 pecas ao longo do ano. Comprei mais coisas de casa do que roupas e calcados para mim. Só que tenho uma preguiça de ir fazer compras.

Algumas árvores já perderam todas as folhas, outras estão começando agora a amarelar. Todos os dias, sim todos mesmo, eu fico admirada com as árvores ao redor. É simplesmente bonito demais.

Estou tentando fazer tudo certinho em relação às normas para não residentes no Brasil, mas devo dizer que mesmo para seguir as regras no Brasil não é moleza. Parece que mesmo que você queira fazer tudo certo, os meios são supercomplicados. Impressionante. Eu só quero pagar um imposto, mas está difícil saber como fazer isso. Já consultei dois contadores e não consegui uma resposta objetiva.




segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Meninos e brinquedos

Nunca imaginei na vida que me relacionaria com alguém mais jovem. Desde meu primeiro amor, a diferença de idade era de no mínimo um ano a mais - tirando uma amor de inverno em 1994, que era, acho, uns dois anos mais jovem. 

Pois bem que o destino resolveu me pregar esta peça e me apresentar um novo amor muitos anos mais novo. :) E devo dizer que isso é realmente muito bom! O frescor que alguns anos podem trazer é incrível. Apesar de que diria que o T. é bem mais maduro que muito quarentão. 

Pensei em escrever isso depois que meu alemãozinho simpático perguntou qual seria meu último dia de trabalho neste ano. Ele tem vários planos para as duas semanas que teremos de folga. Tive que rir quando ele escreveu: "acho que vou alugar um tesla!". Sim, porque ele pode me amar, mas o amor por um tesla é um pouco maior. :) Alemães e carros...

Antes disso, porém, vamos fazer uma viagem para encontrar a família com um carro movido a hidrogênio. O bom é que sempre dá para aprender algo novo. 


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Para, tempo!

Uau! Setembro chegou, foi bem vivido e passou tao rápido! Já estamos quase no meio de outubro. Para, tempo! Está muito rápido.

Setembro foi um mês bem generoso. Meu dia de aniversário foi no aeroporto, mas foi tao feliz.

Estive de férias no Marrocos. Queria escrever um post sobre essa experiência. Quem sabe nos próximos dias.

Fiquei gripada nas férias. Voltei para a Alemanha me sentindo bem mal - mas feliz por voltar para cá. A surpresa boa foi ser esperada com tanto amor no aeroporto. Havia esquecido como é bom se sentir amada.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Paz

Sábado, enquanto esperava alguém chegar para abrir a porta do centro de eventos da igreja luterana onde realizamos nosso café da manha, estávamos falando sobre cidades interessantes não muito distantes e lembramos de Estrasburgo. Em pouco mais de duas horas de trem é possível chegar lá. Comentei que havia ido três vezes a Estrasburgo (foram quatro, lembrei-me agora, mas uma só de passagem) e pouco depois dessas três viagens minha vida havia tomado um rumo diferente.

Na primeira, em 2000, eu estava incerta sobre ficar na Alemanha. Na segunda, em dúvida sobre me candidatar a um doutorado. Na terceira, entre querer confirmar ou não que estava realmente sendo traída. Nas três vezes acendi uma velinha e pedi com todo meu coração para meu anjo da guarda me ajudar a perceber o que estava acontecendo e qual era a melhor decisão a ser tomada. Os melhores caminhos, mesmo que doloridos, acabaram se mostrando.

Aí, no sábado, brinquei que neste momento não sentia a menor vontade de ir a Estrasburgo, pois não gostaria de mudar nada na minha vida, que me sentia completamente feliz - talvez uma das raras vezes ao longo desses quarenta e poucos anos. Estou na cidade em que gostaria de estar (segura, bonita, alegre, com tudo que preciso), no trabalho que queria (eu amo minha biblioteca, minhas tarefas, ser bibliotecária) e na companhia de pessoas que me fazem bem (ganhei um beijo por esta parte).

Como é bom sentir o coração em paz.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Viva! Setembro chegou!

Viva! Setembro chegou! Como eu adoro o mês do meu aniversário. E depois de um agosto perfeito, só tenho bons sentimentos quando penso em setembro.

Este mês promete passar voando, pois tenho mil atividades programadas. Já começou com uma visita especial no primeiro fim de semana. Nesta semana já teve convite para almoço com colegas queridos. Hoje à noite vou encontrar uma amiga e amanha vamos a um encontro de um novo grupo do Meetup, mas com conhecidos do café da manha de sábado. Alguns estavam de férias, vai ser bom o reencontro. Sexta novamente em boa companhia. Sábado: café da manha, dia livre para passeios de mãos dadas e iluminação especial do castelo à noite. Domingo vem uma antiga colega de trabalho me ver. Depois ainda visita a outra amiga na semana que vem, tem meu dia especial e logo em seguida férias no exterior. Não dá mesmo para reclamar. Só agradecer. :-)

Os dias estão ficando mais friozinhos, mas têm sido tão lindos, com céu superazul. 'Bora aproveitar, porque a vida é curta.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Alegria, alegria

Minhas amigas Eliane e Zilá passaram 10 dias comigo na Alemanha. Fiquei muito feliz por elas terem reservado esta enorme parte da viagem para me fazer companhia. Foram dias felizes. Passeamos bastante e aproveitamos os finais de tarde depois que eu chegava do trabalho. Já sinto uma saudadezinha.

Diferente de quando a mãe voltou ao Brasil, porém, desta vez não caí na tristeza quando a casa ficou vazia. Simplesmente porque agora já não me sinto sozinha.

Gente, tem coisa melhor do que estar apaixonada? Não, não tem. :-) Pelo menos eu acho que não tem, especialmente neste momento em que este é o meu estado praticamente em 24 horas do dia. E eu me amo desta forma, porque a vida parece que fica mais leve, mais engraçada e as pequenas coisas - uma palavra bonita aqui, um sorriso correspondido ali - mais interessantes.

Curiosamente, em boa parte da minha vida sempre me achei mais racional do que passional, mas nos últimos anos me dei conta do quanto sigo pela vida baseada em decisões tomadas pelo coracao. Quando descobri isso, fiquei meio chocada, mas agora que sei que sou assim, tento tirar proveito disso.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Mês incrível

Agosto ainda nem terminou, mas tem tudo para se estabelecer como o meu melhor mês desde que vivo na Alemanha. Festinhas com pessoas interessantes, show, viagens pelos arredores, visitas de amigas, fins de tardes agradáveis e em boa companhia, dias tranquilos no trabalho. Não dá mesmo para reclamar.

Se ficar sem ler notícias do Brasil, aí sim que parece mesmo que a vida é maravilhosa. Infelizmente esta parte é bem complicada. Eu queria muito virar as costas, mas não consigo. Acordo no meio da noite sentindo-me angustiada por quem precisa conviver com esses doentes "cidadãos de bem" no Brasil. Com todo meu coracãozinho, desejo que esta gente nefasta arda no fogo do inferno.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Bate papo

Ontem fui dormir bem cedo. Este era o meu plano ao me deitar às 21h, e deu certo. Eu havia feito uma longa caminhada, estava cansada e havia dormido pouco na noite passada. Queria recuperar o sono. Li um pouquinho e pronto. Dormi. Só que às 3h30... acordei! E quem disse que dormia de novo? Li o capítulo de um livro no kindle até que finalmente consegui dormir de novo, mas de manha acordei exausta. Agora não vou mais deitar tao cedo...

Com o negócio da preguiça para levantar, acabei vindo mais tarde para o trabalho. Ainda cedo perto do horário de outros colegas, mas tarde para os meus padrões.

No meio da manha consegui finalmente encontrar o Juliano, um pesquisador brasileiro que chegou na segunda e vai fazer uma estadia aqui. Foi tao bom revê-lo. Nos conhecemos em 2015 ou 2016, não sei mais, numa seleção de doutorado em Brasília. Fiquei feliz porque assim que o chamei no corredor, ele me olhou e logo já veio sorrindo: - Nós nos conhecemos! A conversa que era para ser rápida, acabou durando meia hora. Sempre acho engraçado como às vezes é tao fácil conversar com certas pessoas - com outras, ao contrário, parece que cada frase é uma forçação de barra.

Para completar o dia meio atípico, em que fiquei tao pouco na minha sala, fui ao depósito de livros no porao, o senhor S. deu uma passadinha para um pouco de conversa fiada e depois ainda fui almoçar com o Stefan, que aceitou ir na cantina de que gosto mais e não no RU, aonde ele vai quase todo dia. Depois ainda deu tempo de tomarmos um cafezinho no sol. Tao bom! Tinha feito algo semelhante outra dia com a Luiza, uma outra brasileira, que infelizmente amanha já está indo embora.

Este mês de agosto está superando qualquer expectativa. :)

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Gilberto Gil

Eu nunca fui muito de MPB, mas às vezes gosto de ouvir uma ou outra música. Por isso, eu consegui chocar até a mim mesma ao comprar por impulso um ingresso para o show que Gilberto Gil faria numa cidade vizinha. E, o mais improvável, arrastar comigo alguém que não entende uma palavra em português.

Como acabaria tarde, acabei ficando na cidade. Um colega de biblioteca me ajudou a tomar esta decisão, olhando mapa, o local do show e os horários de trens. Foi um acerto, pois, infelizmente, a Deutsche Bahn não é mais tão confiável. Um amigo que me encontrou lá para o show, vindo de outra cidade, teve a desagradável surpresa de ver seu trem cancelado poucos minutos antes da viagem. Receber esta notícia à meia-noite e meia não é assim muito legal. Sorte que conseguiu alugar um carro e voltar para casa.

O show era do disco novo, chamado Ok ok ok, mas Gil tocou algumas músicas antigas também. O astral estava ótimo. Tinha bastante gente e o concerto foi num lugar bem bonito.

No final, foi agradável ouvir músicas em português.


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Verão europeu

O verão europeu é bem temperamental, devo dizer, mas nem dá para reclamar. Pelo menos os casaquinhos são mais leves e às vezes fica até bem quente, como aconteceu uns dias atrás. Hoje, porém, amanheceu nublado. Eu gosto de dias nublados, sempre gostei. Lembro que adorava os dias de chuva quando era estagiária de um banco lá em Esmeralda. Eram dias mais tranquilos e as pessoas, que tinham mesmo que ir ao banco, acabavam ficando até um pouco mais e batendo um papo. É claro que semanas e semanas de dias nublados não são legais, mas assim, uma vez ou outra, é bom para dar um acalmada.

Ontem fui a uma apresentacão musical no Castelo de Heidelberg. O castelo é uma ruína, mas tem um charme incrível. Eu sempre fico feliz quando o visito. O concerto fechou o festival que estava sendo realizado lá em cima desde o final de junho. É como se o verão estivesse entrando na reta final, o que de certa forma é verdade. Os dias já começaram a diminuir. Meu plano é aproveitar agosto da melhor forma possível. E sei que vou, já que estarei com visitas durante quase metade do mês, para minha alegria.

***

Sábado fui a minha primeira festa de aniversário na cidade. Foi bem legal. Existem algumas áreas para fazer churrasco nas florestas por aqui. A reserva costuma ser feita com um ano de antecedência. Esses dois novos amigos já comemoram juntos há 12 anos. Até agora nunca choveu no dia da festa. No sábado, o dia começou terrivelmente feio, mas depois do meio-dia o sol surgiu e ficou até mais quentinho. As festas aqui começam no finalzinho da tarde, o que acho maravilhoso. Quando termina, ainda dá para voltar de ônibus para casa.

Como a festa foi no alto da montanha, precisei arrumar uma carona. E aí tive uma grata surpresa. A pessoa a quem pedi a carona, já ia levar toda a parafernália da festa, mas me indicou outra possibilidade. No dia da festa ainda me escreveu para ver se eu tinha conseguido e me dando outras duas alternativas. Eu me senti feliz com a preocupacao. Deu tudo certo, cheguei e saí da festa sem grandes problemas.

Eu gostei da festa também porque, por incrível que pareca, havia vários conhecidos, dos encontros de sábado de manha, e em nenhum momento em senti pouco integrada. Isso realmente é um avanço - e um retorno da postura que adotei nos últimos meses, de certa forma, quando resolvi me arriscar mais para fazer novas amizades.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Desdobramentos de um comportamento

Faz uns dois meses que estou me sentindo mais aberta para o mundo. Não é fácil, pois tenho que fazer um grande esforço para me sentir à vontade conversando com desconhecidos, puxando assunto com quem conheço pouco. Depois até fica agradável, dependendo do interlocutor, mas o início é até meio doloroso.

Tudo começou quando resolvi fazer um curso de introdução à yôga. Foi o primeiro passo, tentar fazer algo que nunca tinha feito. Isso foi no final de maio, se não me engano. Nessa mesma época, uma amiga me recomendou fazer um cadastro no meetup. Comecei a participar de um dos grupos com assiduidade. Agora faço parte do grupo mais reservado no whatsapp, já saí com algumas pessoas fora desse encontro dos sábados e fui convidada para uma festa de aniversário no próximo fim de semana. São pequenos acontecimentos, mas que para mim têm um grande significado. Eu estava me sentindo extremamente sozinha. Ao me forçar esses pequenos movimentos, tive resultados interessantes.

No ambiente de trabalho também resolvi sair um pouco mais da biblioteca, almoçando com pesquisadores, tentando me mostrar mais aberta para outras atividades. Sábado fui a uma festa muito legal na casa de um deles. Um casarão antigo lindo! A festa foi no jardim, mas uma chuvarada nos fez levar tudo para dentro. Enquanto estávamos no lado de fora, teve pizza feita na hora (um dos moradores da república construiu um forno em um latão) e show de uma dupla cantando até em português. Não houve problema da festa continuar dentro da casa, pois havia muito espaço, mesmo com umas 40 pessoas circulando nos dois andares.

De qualquer forma, é sempre um esforço - mas que vejo que está valendo a pena ser feito.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Alles auf einmal (tudo de uma vez só)

É engraçado como há semanas em que não há nada para fazer. De repente, quando algo surge, surgem outras mil coisas. Hoje, por exemplo, eu trouxe comida. No meio da manhã um colega ligou para almoçarmos juntos. Precisei dizer que hoje não podia. Amanhã ele não pode. Quarta, quinta e sexta, eu já tenho outras companhias para almoçar. Deu um tempo, bateu aqui uma pesquisadora que está visitando o instituto também querendo saber se eu já tinha marcado com alguém. Segui firme no meu propósito de comer a comida que trouxe, mas lamentei ter que dispensar duas companhias.

Bom é que a agenda está ficando mais ocupada ultimamente, o que me deixa bem alegre. Finalmente!

quinta-feira, 18 de julho de 2019

A impermanência

Recebi uma carta de uma amiga ontem. Ao responder escrevi que, sim, a impermanência também me incomodava. Eu queria muito que minha vida no Rio tivesse sido "permanente". Quis o destino, ou mais claramente meu ex-companheiro, que não fosse assim. Fazer o quê? Seguir para a próxima impermanência, talvez. Se bem que, no fundo, torço para que minha vida aqui na Alemanha seja permanente, que desta vez funcione, que desta vez ninguém mude de ideia. Bom, pelo menos agora sou dona das decisões todas.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Como eu não quero ser ou como eu não gostaria de ser

Observar o comportamento dos outros é algo que gosto de fazer. É bom para ver o que me agrada, o que gostaría de imitar e o que jamais gostaría de ser ou de fazer.

Claro que ao longo da vida vamos cometendo vários erros que não gostaríamos de ter cometido e por mais atentos que sejamos, uma hora ou outra acabamos fazendo coisas das quais nos envergonhamos. Acontece com todo mundo. No final das contas, os erros estão aí para nos mostrarem alguma coisa - nem que seja nos ensinar a não repeti-los.

Nas últimas semanas vivi algumas situacoes de aprendizado no ambiente de trabalho. Nada relacionado diretamente com o trabalho, mas à maneira como as pessoas reagem em algumas situacoes. Poderia ser no Brasil, acho que não tem relacao direta com o jeito alemão de ser.

A primeira situacao foi meio dolorosa. Então não vou deixá-la registrada aqui. Só posso dizer que cometi um erro recorrente. É algo que preciso aprender de uma vez por todas, pois já me vi na mesma situacao mais de uma vez na vida e parece que não aprendo de jeito algum. Fico me odiando por isso. Não é algo extremamente grave, mas vejo que nem sempre uma "boa intencao" gera bons resultados, e pode provocar dores desnecessárias (em mim).

A outra situacao foi ao contar para uma colega que havia pedido para um colega revisar um documento. Ela ficou me questionando por que eu havia pedido ajuda para determinada pessoa se podia ter visto um modelo na internet. Não é por mal, eu sei, mas de certa forma, esta colega sempre desencoraja qualquer aproximacao com outros colegas. Acho curioso. Gosto da companhia dela, mas percebo que seus relacionamentos são bem limitados aqui, mesmo já trabalhando há oito anos. Há um quê de negativismo. Fico me questionando se esta aproximacao é boa para mim. Depois me recrimino e tento eu também não ser preconceituosa ou metida à besta.

Outra constatacao dos últimos dias é que praticamente ninguém da biblioteca gosta de comemorar o aniversário com os colegas. Isso me causa uma frustracao, pois eu adoro dia de aniversário. Neste mês, três colegas fazem aniversário. Os três tiraram férias no período. Já soube que outros dois pretendem fazer isso em agosto. No fundo, ainda bem que já tenho algo programado para o meu, pois seria frustrante passar mais um ano em branco. No ano passado, ninguém sabia mesmo, então foi tudo bem, mas agora...

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bananas e sentimentos

Comer uma banana no lanche da manha me faz bem. A banana por si só faz bem, mas o sentimento de estar comendo uma fruta ao invés de bolachas, por exemplo, também tem uma  grande importância.

Banana é uma das poucas frutas que considero ter o gosto "de verdade" aqui na Alemanha. Sim, pode-se argumentar que elas não são alemãs e por isso tem gosto de banana mesmo. Porém, mangas, abacates e melões também são importados. Nem por isso têm gosto da fruta "de verdade". Eu sei que é apenas uma implicância minha, mas às vezes dá uma frustracão comer abacate sem gosto de abacate.

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Parece que todos os planos que eu tinha feito para os últimos dias deram errado. Nada assim tao dramático, mas é curioso. Deve ser mercúrio retrógrado...

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Nesta semana completo um ano de Heidelberg. Feliz por estar aqui, mas frustrada pela falta de amigos. Nunca achei que seria tao difícil.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Semana corrida

Ontem à noite, fiz uma apresentação on-line para os colegas do curso de Biblioteconomia da UCS. O título "Atuação bibliotecária no exterior" prometia mais do que eu efetivamente mostrei, mas isso é o que dá quando se tem que entregar o título com muita antecedência, sem ainda ter terminado a apresentação em si.

A experiência é sempre bacana. Esta foi a terceira vez que participei - foi a quarta semana acadêmica. A primeira vez, ainda como aluna, foi presencial. As outras duas, a distância. Confesso que este último formato me agrada bastante - apesar de eu ser uma pessoa que desde a tenra idade não gosta de falar ao telefone e muito menos de fazer ligações de áudio.

Acho que a do ano passado, sobre pós-graduação na área de Biblio foi mais útil, mas talvez uma ou outra ideia passada na de ontem sirva para algum colega futuramente.

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Nesta semana estou fechando um frila. Claro que tinha que coincidir com alguns compromissos que havia marcado há semanas. Na quarta, por exemplo, fiz um curso de culinária (mediterrânea). Como já havia pago, não quis jogar o dinheiro fora. Iria ganhar pelas horas trabalhadas no frila, mas seria então apenas para compensar o gasto com o curso. Decidi ir fazer o curso e terminar o frila até hoje. Quem me contratou sabia que faria o trabalho apenas nas minhas horas de folga - e, sendo assim combinado, aqui na Alemanha ninguém fica cobrando.

O curso de culinária foi ok. Acho que não gostei muito do formato. Todo mundo ajuda e faz tarefas diferentes no começo, como fatiar legumes, cortar cebolas (o que me ofereci de pronto para fazer, porque estou acostumada e nem choro mais). Só que à medida que esse trabalho vai sendo concluído, já começa-se a cozinhar efetivamente. Se você ainda estiver envolvido na sua tarefa, perderá a explicação, pois a cozinha é grande. Sei lá se consegui pegar muita coisa. De qualquer forma, hoje vou fazer a massa simples e gostosa que aprendi no curso.

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Consegui vir duas vezes para o trabalho de bicicleta nesta semana. Na segunda ida e volta. Na terça, vim de bicicleta, mas somente ontem voltei. Nas outras noites, tinha compromissos no centro e achei que ficaria muito tarde para voltar de bike. No final, ainda estava claro e daria para ter ido. Mesmo se estivesse escuro daria para ter ido, mas também tenho que usar meu caro cartão do ônibus. Hoje preciso resolver umas coisinhas no centro, então resolvi vir de busão mesmo. Quando venho de bike, acabo não passando pela região central, ando pela outra margem do rio Neckar.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Café + sol

Sei lá se foi TPM, autopiedade ou sinais de uma leve drepressao. Tudo isso junto ou nada disso...

Só sei que hoje de manha estava me sentindo bem pra baixo.

Justamente quando estava envolvida nesses sentimentos estranhos e, ao mesmo tempo, pensando que hoje havia comido só um iogurte com cereias de manha, porque tinha que terminar um frila, uma colega bateu aqui na sala, como tem feito todos os dias, para conversar uns minutinhos. Ela comecou a falar exatamente sobre café da manha. A esta altura, eu já havia decidido ir até a máquina de café. Antes, porém, pensei: já passo no banheiro, pois fica no caminho. Resolvi deixar minha caneca e a moeda na recepcao por uns instantes, para nao precisar levar ao banheiro.

Na volta, Rita, uma das recepcionistas, estava de pé, com uma garrafa térmica na mao.

"Hoje as tomadoras de café nao vieram, tem café aqui."

Agradecida e com minha caneca cheia, decidi ir tomar um pouco de sol lá fora. Um pouco de ar fresco poderia me fazer bem.

Sempre tem alguém por ali, fumando, tirando uns minutos, telefonando. Encontrei dois colegas, uma da parte administrativa, um da técnica.

Aqueles poucos minutos de conversa sob o sol foram transformadores. Voltei para minha sala "mais aquecida". Posso pensar que foi somente o café, mas sei que foi mais que isso. Em menos de 20 minutos, a interacao com essas três pessoas (quatro, contando a colega) foi fundamental para mudar meu humor, meu ânimo.

Eu gosto de estar sozinha, mas acho que de uns tempos para cá passei a ter receio da solidao.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Escolhas nada saudáveis

Pra descambar em escolhas pouco saudáveis, é fácil, fácil.

Hoje de manha ao passar no supermercado para comprar uma água para trazer para o trabalho, resolvi comprar um Red Bull. Foi a terceira vez nos últimos dois meses, eu acho. O pior é que nem compro essa bebida porque ache que ela me dê mais energia (talvez até dê mesmo), mas porque o gosto me lembra kisuco de guaraná que eu tomava na infância. É, os vícios mais terríveis comecam bem cedo. E nem é que eu goste ou beba guaraná, mas este gosto de infância é imbatível.

Sobre eu achar que nao fico tao mais disposta, é que posso, por exemplo, beber um café e ir dormir em seguida. Isso, aparentemente pelo menos, nao prejudica meu sono. Raramente tenho problemas para dormir. Ontem, por exemplo, estava agradecendo ao meu anjo da guarda pelo dia bom, só me lembro de ter pensado isso e fim. Apaguei.

Nesta semana estou cheia de trabalho extra e de compromissos sociais. As duas coisas me agradam bastante, mas nos últimos dias estao se mostrando realmente nada compatíveis. Pelo menos o artigo científico que tinha para revisar e os slides da apresentacao que farei na quinta na Semana Acadêmica da minha Alma Mater já fechei e enviei.

Que a vida continue assim, cheia de projetos, pessoas novas e coisas para fazer!
(E sem precisar de Red Bull para dar conta!)

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Ah, o verão...

Como se ignorando mudanças climáticas e restringindo-se apenas ao calendário, o verão chegou faz apenas uns poucos dias a Heidelberg. E chegou com tudo!

Fiz uma viagem no feriadão e quando voltei na segunda-feira, ao desembarcar em Frankfurt, levei uma lufada de ar quente na cara. Foi bom, porque já estava meio cansada do ar fresquinho.

Ontem fez uns 35 graus. Hoje a previsão é chegar quase aos 40. Vamos ver. No trabalho, não precisamos seguir o horário obrigatório. Se a sala ficar quente demais, podemos ir embora. Tirando a parte onde ficam os livros, que é geladinha o ano inteiro, as salas aqui no instituto têm somente calefação, mas não ar condicionado.

A aula de italiano ontem foi quase ao ar livre. A troca de mensagens começou já no meio da tarde, muitos dizendo que estava muito quente para estudar. Organizamos o plano de convencer o professor a fazer a aula em outro lugar. A sala não tem ar condicionado e quando as janelas ficam abertas é difícil ouvir o professor. Como faltam só três aulas para as férias de verão, o professor topou rapidinho. Fomos para um bar ali perto, que fica no clube de remo. Foi ótimo. Claro que fizemos muito pouco de italiano, mas nada como sentar-se para bater papo e conhecer um pouco melhor os colegas.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Um ano

Hoje faz um ano da minha entrevista de emprego aqui no mpil. Estava tão nervosa naquela dia que poderia definir como seria a minha vida dali pra frente. Ainda bem que deu tudo certo. :) Estou feliz por estar aqui. Depois de quase 11 meses de experiência, posso dizer que é um excelente lugar para trabalhar.

***
Ontem foi dia dos namorados no Brasil. É impressionante como uma data puramente comercial pode provocar tantos sentimentos. É legal ver as fotos dos casais. Se eu tivesse um parceiro, provavelmente também nos mostraria na web.
Ao mesmo tempo, a data ainda não me deixa esquecer os últimos dias dos namorados que tive com um namorado. No penúltimo, ele tinha uma outra namorada. Pra ela, provavelmente, ele deve ter mandado mensagens românticas. No último, acho que por instinto de preservação, a data foi ignorada. Credo, isso me causa um mal-estar enorme. Porém, conseguir expor isso (para meus 11 leitores) é reconfortante. Passei quase dois meses sofrendo calada. Conseguir escrever sobre isso, encaro como uma evolução da dor e proximidade da cura.

***
O restaurante a que me levei ontem era bem bonito. Fica no terraço de um dos poucos prédios mais altos de Heidelberg. É um restaurante japonês. Tomei um bom drink e comi umas coisinhas sem peixe. Porque eu adoro restaurante japonês, mas nao consigo nem sentir o cheiro de peixe cru. Sim, sou bem coerente com comida...

terça-feira, 28 de maio de 2019

Um dia feliz

Sábado vivi meu melhor dia desde que cheguei à Alemanha: resolvi me aventurar em algo diferente, conheci várias pessoas novas, ri, conversei como há tempos nao fazia, bebi uma tacinha de vinho, comi o que quis, dancei loucamente. Como em um passe de mágica, de lá para cá passei a me sentir feliz.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Um ano :-)

Há um ano eu recebia um e-mail do sr. S. com o convite para uma entrevista no MPIL.

Hoje de manhã ao chegar ao trabalho, sr. S. foi a primeira pessoa que vi. :-)

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Mês de leituras

Depois de um período longo de abstinência, neste mês tirei o atraso: estou terminando de ler um terceiro livro. Acho que desde janeiro, minha performance de leitura não tinha sido tão boa. E foram três boas escolhas – no âmbito das histórias românticas de que tanto gosto.

Comecei com o mais recente de Mhairi McFarlane, Sowas kann auch nur mir passieren, que eu estava querendo ler desde o final do ano, mas ainda não tinha na biblioteca e eu estava muito pão-dura para comprar. No dia em que levei a mãe ao aeroporto e tive que esperar mais de duas horas pelo meu trem de volta, resolvi me dar este presente. Georgina e Lucas foram meus companheiros nas primeiras semanas do mês.

Numa viagem à Alemanha no passado comprei um livro de Laura Dave, Ein wunderbares Jahr. Considero este tipo de livro uma espécie de fast-food da leitura. Preenche um vazio, mas nem sempre é muito nutritivo. Bom, sinceramente, lembro-me muito pouco dessa leitura, mas ainda assim ao ver a capa de Hello Sunshine, inacreditavelmente lembrei já ter lido algo da autora. Resolvi escolhê-lo então na biblioteca. Uma coisa que acho curiosa nos livros dessas autoras de comédias românticas é que ela usam roteiros parecidos em suas histórias. Em Hello Sunshine, a protagonista também retorna para a cidade natal e tem que resolver questões antigas relacionadas à família. Não foi de todo ruim, mas eu poderia ter escolhido algo melhor.

Agora estou quase chegando ao fim de Der Sommer, in dem es zu schneien begann, de Lucy Clarke. Este é o primeiro que leio dela. Eu li o primeiro capítulo e pensei: xi, tem morte. Deixei de lado. Li Hello Sunshine e resolvi voltar para este, pois ainda tinha uns 10 dias até o prazo de entrega da biblioteca. Pois vou confessar: tenho lido todas as noites até depois da uma, parando mesmo só porque meu corpo está cansado demais. Este eu nem colocaria tanto no balaio das comédias românticas. É sobre amor, mas vai um pouco além. Agora estou na torcida por Saul e Eva, mas sem saber como as coisas vão se desenrolar.

Eu até tento intercalar livros mais sérios com estes, mas em alemão às vezes me sinto desmotivada a ler um livro mais complicado. Por ora está bom estar acompanhada dos meus livros de mulherzinha, que me fazem, de alguma forma, retomar a fé no amor e desejar encontrar, , quem sabe um dia, um companheiro pra vida.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Imposto de renda... na Alemanha

Ontem recebi o resultado da minha declaração de imposto de renda aqui na Alemanha.

Foi uma felicidade saber que deu tudo certo. 

Pão-dura como sou, resolvi eu mesma fazê-la e essas coisas sempre dão um medinho, em mim, pelo menos. Em janeiro tirei algumas horas para ler o site em que havia as explicações sobre como fazer, tirei algumas dúvidas em uns blogs e fóruns e resolvi encarar. Lá por abril recebi uma carta do departamento de Finanças de Heidelberg pedindo alguns comprovantes. Providenciei e fiquei meio apreensiva. Não com medo de pagar alguma coisa, pois já sabia de antemão que receberia uma restituição, mas de não aceitarem, eu ter que refazer e ser obrigada a contratar alguém. 

Ontem, recebi o comprovante e, finalmente, fiquei sabendo quanto era minha restituição. Abri um sorriso de orelha a orelha. Era mais do que o dobro do que eu havia esperado. E isso mesmo meus comprovantes do curso de alemão não tendo sido considerados. Vai dar para pagar as despesas de hotel e transporte das viagens que farei nos próximos dois feriadões. O que me deixou mais feliz, porém, foi ter conseguido ter feito sozinha um processo todo em alemão e com termos complicadíssimos.

No Brasil, eu também fazia a minha nos últimos anos, depois de meu compadre contador ter esclarecido alguns tópicos mais complicados anos antes. Neste ano, como fiz a saída fiscal definitiva do país, tive de fazer a declacao de despedida, por assim dizer. Senti mais ou menos o mesmo  quando resolvi fechar minha conta no Banrisul.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Vida normal

Foram mais de 40 dias de férias ou com visita. Eu até me desacostumei a ser sozinha. Nos primeiros dias não foi fácil, especialmente no primeiro fim de semana, mas aos poucos a vida vai voltando ao seu normal. Esta primeira semana (completa) apenas na minha companhia foi cheia de atividades. Acho que isso ajudou-me a reencontrar os trilhos.

Na segunda-feira, liguei para o número de uma dentista esperando conseguir uma consulta para junho ou mais. A secretária me perguntou se eu por acaso não poderia, assim espontaneamente, aceitar o horário que havia liberado para aquele fim de tarde. Foi ótimo poder me livrar disso rapidamente. Felizmente estava tudo bem e só precisarei voltar daqui a seis meses. Foi um alívio, pois estava desde dezembro de 2017 sem fazer uma manutenção.

Na terça-feira, tive aula de italiano. Foi bom reencontrar os colegas. Agora tem que é que voltar a estudar pra sentir algum progresso. Foram cinco semanas afastada das aulas.

Quarta fui a uma palestra no DAI sobre a forma como vemos (e ranqueamos) a nós mesmos: sempre melhor que realmente somos.

Havia ainda nesta semana uma palestra sobre o Brasil. Felipe e Silvia apresentaram um resumo da situação no Brasil, desde o cenário de antes das eleições até agora que o país é governado por este mentecapto de extrema direita. Para mim, nada de novo foi mostrado, mas acho que alguns alemães saíram de lá meio chocados e incrédulos.

Ler notícias sobre o Brasil me deprime. Tomei a decisão nesta semana de parar de acessar por ora sites de notícias brasileiros, mesmo que isso também signifique não ficar sabendo sobre o que ainda acontece de bom. Porém, tem me feito mal ler sobre todas as decisões tomadas pelo mentecapto. A palestra, decidi, seria o último contato. A partir de agora, vou evitar jornais brasileiros e investir tempo no Facebook ou Twitter. Vamos ver como lidarei com isso e se isso me fará ficar menos angustiada em relação ao Brasil.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Novo mês, novos planos

Abril foi um mês que começou no Brasil, viajando com a família, teve vários encontros, outros grandes deslocamentos, a volta para casa em Heidelberg, a visita da mãe, volta ao trabalho depois das primeiras férias, festa no trabalho de inauguraçao da parte nova do prédio, início de um frila e ainda tem mais hoje e amanha. :)
Maio está batendo à porta e, num embalo de volta das férias e início dos dias mais quentinhos, estou cheia de planos. E como eu adoro ter mil planos - se eles vão se realizar, nem sei se é tao relevante, para mim o bom mesmo é achar sentido nas atividades do dia a dia e elas normalmente se baseiam em planos maiores.
Acabei de escrever que os dias estão mais quentinhos. Isso foi verdade até sexta-feira. De sábado para cá, voltou a ficar frio. Hoje até voltei a usar duas jaquetas - e a obter novamente olhares admirados. De qualquer forma, a perspectiva é a de termos dias mais ensolarados a partir de agora. O inverno foi longo, mas agora que já passou, parece que nem foi tao terrível assim. Logo será época de vestidos e saias, algo que passei a usar com mais frequência aqui na Alemanha, andar de bike e curtir o longo fim de tarde pela cidade.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Primavera, de novo

Eu adoro a primavera, pois parece que ganhamos uma nova chance. Ao acompanhar os primeiros verdinhos nas árvores, os primeiros brotos das flores, sente-se uma energia de resistência, de renascimento. Isso parece que nos incentiva a recomecar também, buscar forcas para criar algo novo, renovar o que estava já desgastado. Também é época de plantar algo novo, para que a colheita seja boa antes do inverno chegar novamente.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Feliz por estar onde estou

Estava agora mesmo pensando o quanto é bom estar em uma casa aquecida, quando a temperatura lá fora está abaixo de 10 graus. Nem está tão frio assim, mas como é maravilhoso não precisar usar casaco dentro de casa, como precisávamos fazer no Rio Grande do Sul da minha infância e adolescência - e até agora.

Quando me dou conta desses pequenos detalhes do dia a dia, simplesmente me sinto feliz por estar aqui. Eu sei que a Alemanha não é um país perfeito, mas em muitos aspectos não tem nem comparação com o Brasil. Nós, que somos novo mundo, estamos mesmo séculos atrás.

***

Quando fui à Grécia no ano passado, senti uma pequena alegria no aeroporto de Frankfurt ao me dar conta que era apenas um passeio, que logo estaria voltando. Pensar em ir embora daqui me causa um desconforto. Ainda bem que isso não faz parte dos meus planos.

Apesar de eu nunca deixar de ser estrangeira aqui, eu me sinto muito afinada com a mentalidade alemã. E, podendo escolher, é aqui que pretendo passar o resto da minha vida. Tomara que o "destino" também assim o queira.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Inspiracao

Eu adoro ler o blog da Lud, que é assim alegre com um pouco de "ranzinzisse" como eu (espero que ela nao fique chateada com essa definicao). Lud me lembra sempre como é bom fazer posts sobre detalhes do dia a dia. Aí me sinto inspirada a escrever novamente.

E, agora que estou mais alegrinha, talvez nao caia mais no perigo de escrever uns textos meio melancólicos demais. Nao que eu ache ruim estar triste ora ou outra, porque é assim mesmo, mas se eu escrever somente quando estou triste, parece que sempre estou assim - o que nao é verdade.

Acabei de voltar de um belo fim de semana na Polônia, ou melhor, de 24 horas na casa dos pais de uma amiga polonesa, num lugar bem bem bem pequeno nao muito longe da fronteira com a Alemanha. Foi tao bom. Sao aqueles fins de semana que enchem o coracao de alegria e nos lembram como é bom estar entre amigos. O pai dela fez uma fogueira. Foi minha primeira vez assando linguicas numa fogueira, assim como a primeira vez que bebi vodca feita em casa. Nao, fiquei superbem no dia seguinte. :)

domingo, 20 de janeiro de 2019

2009 / 2019

Adorei quando os amigos começaram a publicar fotos de 10 anos atrás no #10yearschallenge. Eu adoro ver fotos antigas, sejam as minhas ou as de outras pessoas. Gosto de olhar não apenas os retratados em si, mas o entorno, as roupas, os móveis, os cenários. Há sempre coisas interessantes para se observar.

Vasculhei minhas fotos de 2009 e até agora não consegui encontrar uma que gostasse. E colocar uma foto horrível só para dizer que participei não é algo que eu ache legal. Como escreveu alguém, se for pra mostrar que piorou, melhor nem colocar. Nem acho que seja o caso. Questões visuais que me incomodavam à época, continuam me incomodando, com o acréscimo de 10 anos nas costas...

Foi interessante ver a fotos de 10 anos atrás. Eu fazia fotos de tudo. Então parece que fiz mil coisas em 2009. E, de fato, fiz.

Corri as 4 provas do Circuito Estacao Adidas no Rio -> hoje não consigo correr 10 metros sem achar que vou morrer.

Achava que havia encontrado o amor da minha vida e que seríamos felizes para sempre -> hoje estou sozinha, com zero vontade de conhecer alguém novo e posso dizer que aprendi que esse tipo de coisa só acontece mesmo nos contos de fadas da Disney.

Comecei 2009 fazendo um tratamento para meus cabelos, cheguei ao final do ano mais feliz e com mais fios de cabelo -> situação não mudou muito, ainda na luta contra a queda dos cabelos.

Estava supermagra no começo de 2009, o que no final tem sempre um lado positivo e um negativo. Estar magra é bom, mas nos envelhece -> agora estou uns três ou quatro quilos mais gorda e acho que meu rosto está mais redondinho e melhor. Sim, há mais rugas, mas ainda assim, melhor.

Estava usando aparelho -> meus dentes ainda estão relativamente retos. Mesmo que agora entortem, acho que duas vezes é um número mais do suficiente de vezes para se usar aparelho em uma vida.

Comecei meu mestrado -> atualmente sou doutora e tenho mais uma graduação.

Morava no Rio de Janeiro -> agora moro na Alemanha

O tio Nenê fez 80 anos -> Agora está prestes a completar 90 anos. Lamento não poder ir à festa.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Código Booking para descontos entre amigos

Como já busquei esses códigos na web porque os amigos raramente compartilham os seus, coloco o meu aqui na rede:

https://www.booking.com/s/57_6/75a02747

Sei que isso é coisa de quem gosta de usar cupons, mas por que negar a natureza?

Boas viagens, amigos.

Piscamos e já estamos em março!

Em dezembro, no começo do mês, eu comecei um post que nunca publiquei. Fiquei com pena de apagar. Entao começo este post com estes três pará...