quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Gotas do dia a dia

Ontem completei oito anos morando no Rio de Janeiro.

Nunca consegui descobrir quem são, mas tenho um vizinho que costuma espirrar na janela, outro que gosta de cantar como um tenor (também na janela) e ainda um outro que adora escutar Roberto Carlos em alto e bom som nos domingos de manhã. Às vezes desconfio que sejam a mesma pessoa.

Nunca estive tão feliz com minha mesa de trabalho.

O drama do doutorado continua. Hoje teremos mais um capítulo. Espero que com final feliz.

Estou bem feliz por ter comprado alguns livrinhos da minha infância. Já reli três dos quatro. Fiquei impressionada por ter reconhecido algumas partezinhas do livro do Mário Quintana. Dos do Verissimo, eu me lembrava apenas dos títulos. Como são bons!

Para desopilar, leio Marian Keyes. Já estou no quarto livro neste ano, livros que eu havia lido há 10 anos. O melhor é ler espaçadamente mesmo, pois as histórias acabam sendo muito parecidas. Às vezes, até as frases se repetem. As personagens femininas de Marian Keys seguem um padrão de comportamento. De qualquer forma, é uma leitura que atende ao que busco e preciso no momento.

Meu curso segue interessante. Realmente foi a melhor decisão que tomei neste ano!

A verdade é que não vejo a hora de definir um cronograma de doutorado porque estou louca para planejar a grande viagem de 2015...

domingo, 24 de agosto de 2014

Um pouco mais sobre gostos

Flores, Buenos Aires/2007
Gosto de: estar com meus amigos, viajar, ler, escrever, ver filmes, comer comidas saborosas, passear, olhar vitrines, escutar música no YouTube, dormir à tarde, ir ao cinema nas primeiras sessões do dia, comer pizza, ouvir música no rádio, conversar com pessoas interessantes, fazer perguntas e ouvir as respostas, ouvir outras línguas, estar só às vezes, arrumar gavetas e armários, jogar fora o que não uso, olhar fotografias, aparecer em fotos, fazer exame de sangue, sentar-me no sofá e ficar pensando na vida, plantar árvores, fazer testes de idiomas, ler anúncios fúnebres, comer pipoca, enviar cartões-postais, diários, listas, ter nascido em setembro.

Concentrada olhando o mapa, Buenos Aires/2007
Não gosto de: compromissos que não me dizem respeito, esperar à toa, suar no rosto, reclamar da vida, ouvir coisas ruins sobre outras pessoas, imagens de desastres, conversar sobre pequenas tragédias, perder a tarde em programas chatos, falta de padrão, perguntas bobas, encontrar cartilagem no pastel de frango, arrumar camas, espirros.
Jardim Japonês, Buenos Aires/2007



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Leitura do Vida Organizada 1

Comecei a ler o livro da Thais (Godinho), que se chama, claro, Vida Organizada. Thais escreve muito bem. Eu realmente gosto do jeito como ela conduz o texto.

Thais nos coloca para trabalhar logo no começo, quando nos faz pensar na maneira como conduzimos um dia atualmente. Logo em seguida, nos convida a imaginar como seria o dia ideal. Fiquei feliz ao perceber que na maior parte do tempo estou fazendo o que preciso e quero. Sempre há algo para ser melhorado, mas já comecei a pensar sobre isso.

Em um outro exercício, é sugerido ao leitor que faça duas listas: uma com o que adora, outra com o que detesta. Na de coisas que adoro, eu poderia escrever bem mais coisas. Na que detesto, tive de me esforçar para escrever as cinco. Ficou assim:

Amo: 
1. Viajar
2. Livros
3. Comédias românticas
4. Ver vídeos no YouTube
5. Sair para comer em lugares confortáveis

Detesto: 
1. Gente pretensiosa
2. Ter que me conviver com pessoas que falam demais (ainda bem que está cada vez mais raro)
3. Bagunça e falta de ordem
4. Comentários tolos e desnecessários (por que me dá vontade de responder à altura, e isso só me faria mal)
5. Fazer algo por obrigação


Observação - 24.08.2014
Li e reli várias vezes estas duas listas de coisas que amo e detesto. Fiquei encucada com o teor das duas. Achei que há uma discrepância bem grande entre a modo como uma foi feita e a outra. Na primeira, eu me ative a atividades ou coisas que gosto de fazer. Na segunda, veja só, transferi a responsabilidade para os outros na maior parte da lista. Talvez apenas o item cinco seja algo meu, que eu faço, que eu tomo a decisão. Nos outros, só vi defeito nos outros. Acho que é o caso de refletir um pouco melhor e achar coisas que detesto no que EU faço, que é o que posso gerenciar. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

I'm in charge

Girassóis com Monteriggioni ao fundo. Toscana 2013. 
Bem, ainda não sei se estou realmente no comando, mas faz duas semanas que decidi tomar mais decisões sobre o que quero.

Decidi que tenho que me concentrar. Parece bobo, mas tenho uma grande tendência à distração. Nos fins de semana que antecederam os dois últimos, eu passei fora de casa. Percebi, porém, que só vou conseguir me livrar da lista de tarefas que tenho se eu realmente me concentrar. Nada acontece do nada, nada acontece sem algum esforço - lembrando-se que o esforço nem sempre está atrelado às exigências do momento em que vivemos. Por exemplo, quem se esforçou em algum momento de sua vida para aprender inglês, não vai precisar fazer o esforço no momento que precisar falar inglês, mas não quer dizer que não tenha se dedicado.

Decidi dar um tempo nas tais mídias sociais. Hoje mesmo ainda não entrei no Facebook e no Instagram. Só fiz o check-in da academia para não perder o registro. Vou tentar continuar neste ritmo pelo menos por uns dias.

Decidi dormir cedo, para ter um bom rendimento na academia na manhã seguinte (pois não posso ficar sem o exercício, especialmente quando passo mais de 10 horas sentada) e ao longo do dia.

Decidi tentar ser uma boa pessoa com quem está ao meu redor. Não é muito fácil, mas hoje até consegui sorrir para a d. Catarina.

Decidi manter a casa arrumada, pois sei que isso me faz bem e permite que outras áreas fluam melhor. Quando tudo está uma bagunça, meu espírito fica agitado. E agora preciso de calma.

sábado, 16 de agosto de 2014

Xadrez

Após 25 anos e oito meses, hoje me desfiz de meu tabuleiro de xadrez. Doeu meu coração. Resisti o quanto pude, mas não teve jeito, estava soltando um pozinho estranho e resolvemos não arriscar mais. Restaram as pecinhas. Costumo me achar uma pessoa bem desapegada, mas quando se trata de algo com significado, a história é um pouco diferente. Sofro bastante, mesmo que depois passe. Apesar de sempre levar o xadrez comigo nas minhas mudanças, fazia anos que eu não tinha alguém para jogar.

Ainda me lembro do natal em que ganhei o jogo de xadrez. Não podia ter ficado mais feliz, ainda mais que não se tratava de um minitabuleiro, mas de um grande, de verdade! Usei muito. Lá em Esmeralda todo mundo sabia jogar xadrez, digo todo mundo que teve o professor Luiz como professor de educação física e estudou com ele na época em que não havia ainda o ginásio da prefeitura - construído em 1988, mais ou menos. Quando chovia, não podíamos fazer educação física na quadra do colégio, então ele nos ensinava a jogar damas e xadrez. Eu gostava de jogar com o professor, claro.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Domingo produtivo

Depois de nove horas sentada à frente do computador, chega por hoje.
Foi um dia bem produtivo. Ideias começam a ganhar mais clareza na cabeça e ordem no papel.

Que venha uma semana de respostas.

domingo, 10 de agosto de 2014

Dia dos Pais

Hoje é Dia dos Pais, uma data definida, me diz a wikipedia, por Roberto Marinho para estimular o comércio.
O Facebook está repleto de fotos de pais e frases de impacto.

Meu pai nunca foi um herói. Tinha vários defeitos.
Havia entre nós, porém, uma ligação difícil de explicar. Até hoje, quando penso nisso, não consigo entender direito. Eu gostava muito dele e sei que ele gostava muito de mim.

Ele era bem quieto, mas a quietude dele me bastava. Nunca gostei mesmo de gente que fala demais. Eu preferia o seu jeito tranquilo de lidar com situações difíceis do que a forma dramática da minha mãe. Percebi depois de adulta, que ele sofria muito mais que ela, mas não era de se queixar. Às vezes sentia tanto que não conseguia tomar uma atitude.

Passava o dia inteiro na loja. Não era de visitar pessoas, mas passava as horas cercado por várias de quem parecia gostar. No dia em que morreu, eu fui surpreendida por um vizinho ao ouvi-lo afirmar: "Hoje morreu meu melhor amigo". Pensei depois que amizades são construídas intimamente entre duas pessoas, não precisam de publicidade.

Meu pai não era de abraçar, fazer carinho ou dizer coisas bonitas. Há, no entanto, no cantinho da minha memória uma cena. Eu devia estar na terceira série, pois ainda estudava de tarde. Cheguei com meu boletim, cheio de notas bonitinhas. Ele virou-se para um senhor que estava na loja naquele momento e falou, com certo orgulho, algo sobre eu ser uma boa aluna, que ninguém precisava mandar estudar.

Meu irmão conta uma outra história. Quando estava dirigindo para Vacaria, pouco depois de nosso pai ter tido um infarto, o ouviu dizer que na hora em que sentiu a dor do ataque, pensou em Deus e em mim.

Na noite em que meu pai morreu, estava passando o último capítulo da novela Por Amor. Em uma determinada cena, tive uma crise incontrolável de choro. Depois descobri que naquela hora ele havia morrido. No dia seguinte, eu tinha planos de ir visitá-lo no hospital, que ficava em outra cidade. Não deu tempo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Na onda de Marian Keyes

Engatar dois livros seguidos da Marian Keyes - depois de ter lido Melancia em janeiro - desperta vários sentimentos e vontades...

- Queria estar em Londres!
- Saudade de ter vários compromissos com as mesmas amigas durante uma mesma semana. 
- Desalento ao perceber que o tempo passa tão rápido.
- Alegria por perceber que a vida sempre reserva boas surpresas, mesmo que demoremos para vislumbrar o "final feliz".
- Vou escrever minha própria comédia romântica!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Fragmentos de um começo de mês

Vista do Parque da Cidade, em Niterói
Hoje iniciei minha quinta semana de idas cedinho à academia. Notei que estava muito mais claro do que há um mês. Mais quentinho também.

Comecei hoje a leitura de mais um livro durante a sessão na academia, o quinto.

As minhas leituras andam tão início dos anos 2000... Harry Potter, Marian Keyes. Livrinhos que salvaram minha vida no começo do milênio.

A movimentação começa bem cedo para várias pessoas. Há sempre muita gente se deslocando às 6h e pouco aqui no meu quadrado. Às segundas, a movimentação é um tanto mais intensa por causa da feira livre.

Ainda chegarei a alguma segunda-feira com mais de R$ 5 na carteira. Só me lembro de que deveria ter ido ao banco quando passo pela feira.

Eu não estava tão cansada hoje de manhã, mas agora me deu um sono daqueles. Já estou em meu segundo café. Acho que terei um dia longo.

Depois de dois fins de semana de passeios, nas próximas quatro semanas pretendo ficar bem quieta em casa. Tenho que entrar no mês do meu aniversário com boa parte da minha vida acadêmica resolvida. Preciso muito disso, pois durante 15 dias de setembro farei três viagens e só terei tempo para coisas de trabalho.

Piscamos e já estamos em março!

Em dezembro, no começo do mês, eu comecei um post que nunca publiquei. Fiquei com pena de apagar. Entao começo este post com estes três pará...