quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A tal da vida comum

“Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum.” Jim Rohn

Estava fazendo uma limpeza no meu e-mail e me deparei com esta frase. Ela mexe comigo. Não que eu não leve uma vida comum na maior parte do tempo, mas se começo a pensar muito sobre isso fico inquieta. A vida comum não é ruim, ter rotinas não é ruim, ter horários livres na agenda não é ruim. Só que ao mesmo tempo a vida comum parece passar mais rápido do que uma vida que oscila entre (ou equilibra) o comum e o extraordinário.

Agora mesmo, como já escrevi, cheguei a um momento em que terminei vários projetos. Não tenho mais o doutorado. O curso está em período de férias. Já fiz uma limpeza nas minhas gavetas. Ou seja, estou com tempo livre para escolher o que fazer e poderia viver assim, de forma despreocupada, até março, quando começaria meu estágio e assumiria algumas horas a mais no trabalho para cobrir a licença-maternidade de uma colega.

Pensar que mal teria tempo para realizar o estágio - ou que teria de fazê-lo à noite - estava me angustiando muito. As novas tarefas no trabalho envolveriam várias viagens, o que seria ótimo, mas como poderia conciliar isso com o compromisso do estágio?

Passar um tempo fora é algo que sempre quis voltar a fazer. Não me organizei na época do doutorado. Antes disso, mudei meus planos que tinha de ir para a Itália. Sempre ficava pensando quando surgiria uma oportunidade.

Depois de conversar com duas amigas sobre o assunto, elas me encorajaram a colocar em prática um plano que havia começado a desenvolver no ano passado. Primeiro eu havia pensado em um estágio fora, mas depois pensei: por que não um semestre do meu curso?

Então em questão de poucas semanas a oportunidade surgiu e eu a agarrei.

Agora faltam 22 dias para a viagem, menos de 10 dias de trabalho. A cabeça cheia de planos e incertezas, um pouco de medo do que me reserva tanto o período fora quando a volta, mas junto a tudo isso a emoção de realizar um plano, de colocar em prática uma vontade antiga, de me dar a chance de arriscar e, quem sabe, fugir da vida comum.

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