quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Paz

Sábado, enquanto esperava alguém chegar para abrir a porta do centro de eventos da igreja luterana onde realizamos nosso café da manha, estávamos falando sobre cidades interessantes não muito distantes e lembramos de Estrasburgo. Em pouco mais de duas horas de trem é possível chegar lá. Comentei que havia ido três vezes a Estrasburgo (foram quatro, lembrei-me agora, mas uma só de passagem) e pouco depois dessas três viagens minha vida havia tomado um rumo diferente.

Na primeira, em 2000, eu estava incerta sobre ficar na Alemanha. Na segunda, em dúvida sobre me candidatar a um doutorado. Na terceira, entre querer confirmar ou não que estava realmente sendo traída. Nas três vezes acendi uma velinha e pedi com todo meu coração para meu anjo da guarda me ajudar a perceber o que estava acontecendo e qual era a melhor decisão a ser tomada. Os melhores caminhos, mesmo que doloridos, acabaram se mostrando.

Aí, no sábado, brinquei que neste momento não sentia a menor vontade de ir a Estrasburgo, pois não gostaria de mudar nada na minha vida, que me sentia completamente feliz - talvez uma das raras vezes ao longo desses quarenta e poucos anos. Estou na cidade em que gostaria de estar (segura, bonita, alegre, com tudo que preciso), no trabalho que queria (eu amo minha biblioteca, minhas tarefas, ser bibliotecária) e na companhia de pessoas que me fazem bem (ganhei um beijo por esta parte).

Como é bom sentir o coração em paz.

Um comentário:

Lud disse...

Que alegria! Fico muito feliz por você!

On a side note, adoro Estrasburgo. Fiquei lá por um mês fazendo curso de francês e frequentando a biblioteca da minha vida, a André Maulraux.

Beijos!

Piscamos e já estamos em março!

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