terça-feira, 4 de maio de 2021

Mapa astral 1

 Há alguns dias, fiz mais um mapa astral.

Devo dizer que cada vez mais acho que por muito tempo tive uma visão errada de mim em certos pontos. Apesar de até isso ser meio contestável. Sempre me achei muito cética, objetiva, nada emocional. 

Nos últimos cinco anos, a cada dia me dou conta de que sou superpassional, superemotiva e, muitas vezes, nada objetiva. 

Não, isso tudo não está no meu mapa. Estou quase fugindo do assunto. 

É que sempre achei que nunca levaria um mapa astral a sério e que sempre foi uma coincidência depois da leitura do mapa, mesmo que depois de anos, algumas coisas ditas se tornaram realmente fatos. 

Por exemplo, o primeiro mapa foi feito, suponho, antes de 1998, quando meu pai ainda era vivo. A moça que fez era namorada de uma colega do curso de jornalismo. Lembro de ter me marcado ela ter dito que meu relacionamento com minha mãe tinha/teria um peso importante na minha vida. Por muitos anos, eu não suportava conversar com minha mãe, por ela ter modos de ver a vida muito antiquados. Isso mudou completamente quando meu pai morreu. O relacionamento com minha mãe passou por uma grande transformação. Apesar de, não posso negar, ainda achar que ela não tinha razão naquelas questões que me incomodavam quando eu era adolescente, mas hoje entendo que a criação ultrapassada que ela teve a fizeram ser do jeito que é.

O segundo mapa fiz muitos anos depois, já morava no Rio há muitos anos e estava meio sem saber se terminaria meu doutorado. Estava numa fase cheia de incertezas em 2015 - mal sabia que 2016 seria um ano difícil de verdade! Lembro de ela ter me dito que, sim, terminaria meu doutorado. A tese teria muitas imagens, o que na época não fazia o menos sentido. No final, diria que um pouco menos da metade da tese foi feita de imagens e gráficos. Até coloquei a senhora que fez o mapa nos agradecimentos. 

Curiosamente, ela me perguntou sobre meu relacionamento. Falei que era bom. "Em time que está ganhando, não se mexe", ela respondeu. Fico aqui imaginando o que pode ter sentido ou visto no mapa. Meu tão perfeito namorado teve um caso com uma mulher casada meses depois (!). 

O mais engraçado desse segundo mapa foi que mal em sentei para ouvir a leitura e ela me perguntou: "para onde você está indo? Para qual país?". Porque as estrelas mostravam que eu iria morar em outro lugar, distante, mas com uma língua macia. Falei: "Só consigo pensar na Alemanha". Afinal, trabalhava com alemães, já tinha morado na Alemanha... "Não, Alemanha, não. Um lugar com uma língua mais amável." Até agora me pergunto quando chegará esse momento desse país com língua macia. :-)

Desta vez, a querida Babi foi obejtiva. Ela reafirmou que não fui feita para morar perto do lugar em que nasci, mais cedo ou mais tarde iria para o mundo. Bom, nunca neguei meu destino. Desde os 13, 14 anos já sonhava em ir morar em algum lugar distante. A vida só me permitiu isso bem mais tarde, mas estou bem feliz onde estou. E isso está lá no mapa. Acho isso muito louco, pois Babi nunca tinha me visto na vida. E isso me deixou tão feliz. 




Um comentário:

Lud disse...

Oi, Rafa! Na real, todos os seres humanos são assim, né? Nada objetivos. Por mais que se julguem racionais, a psique funciona por caminhos tortuosos.

Não acredito em astrologia, nem em mapa astral, mas acho que podem ser instrumentos úteis de auto-conhecimento, já que fazem com que a pessoa avalie se é assim/não é assim, se tais fatos aconteceram ou não.

Beijos!

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