Esta semana foi bem puxada - para os meus padrões. Estou com uma grande tarefa no trabalho e ela tem ocupado bastante a minha cabeça. Fora isso, ainda tenho o desafio interminável do projeto de doutorado, que me deixa até meio atordoada.
Por isso, resolvi tirar este final de tarde para não fazer nada. Nada mesmo. Simplesmente me sentar na poltrona da sala e deixar o tempo passar. Quem disse que isso é fácil?
Antes de me sentar na poltrona e me cobrir com uma colcha - que precisa ser lavada e estava ali no meio do caminho tentando um dia chegar à máquina de lavar -, fiz um playlist no YouTube intitulado "músicas para cantar junto". O meu fazer nada seria um fazer nada ouvindo música.
Tão logo me sentei, pensei que deveria colocar a colcha para lavar hoje, pois amanhã já estaria mais ou menos seca e eu poderia lavar outras coisas. Lavar roupa é uma atividade das sextas-feiras. Tão logo decidi que faria isso depois, olhei para o lado e vi uma pilha de livros que estão separados para doação. Preciso colocá-los em uma sacola. Eles já estão, como a colcha, no meio do caminho, incomodando, para que se tome uma atitude. Mais uma vez contive o impulso de me levantar.
Tentei me concentrar apenas na música, mas o pensamento começou a listar tudo que planejo fazer até a próxima sexta-feira, quando viajaremos. Até lá, grandes planos.
O momento mais tranquilo deste meu fazer nada foi quando repassei meu dia. Começou bem cedo com a ida à academia. Mais tarde, no caminho para o trabalho, eu estava pensando numa situação que vivi na semana passada e nos amigos que eu poderia ligar, assim do nada, caso quisesse dividir um problema. Imediatamente me veio à mente minha amiga Gisele.
Faz um tempão que não conseguimos parar para conversar com calma. Tanta coisa aconteceu nos últimos oito anos, desde que sai de Florianópolis. Acho que nos reencontramos uma meia dúzia de vezes nesse meio tempo, mas ela me veio à lembrança imediatamente.
Horas depois, outra das minhas amigas do coração colocou uma frase no FB sobre este mês chegar ao fim logo, com tudo de estranho e ruim que ocorreu. Fiz um comentário. Não deu cinco minutos, recebi uma mensagem da Gi perguntando se estava tudo bem. Fiquei até com lágrimas nos olhos. O coração não se engana mesmo, impressionante.
Este blog já se chamou Cenas do Rio na época em que morei no Rio de Janeiro. O título nunca fez muito sentido, pois o Rio acabou nunca sendo o tema principal. Acho que o novo título, Uma vida em vários cenários, tem mais a ver neste momento. :) O endereço, porém, por ora, continuará o mesmo.
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