Este blog já se chamou Cenas do Rio na época em que morei no Rio de Janeiro. O título nunca fez muito sentido, pois o Rio acabou nunca sendo o tema principal. Acho que o novo título, Uma vida em vários cenários, tem mais a ver neste momento. :) O endereço, porém, por ora, continuará o mesmo.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Dias de chuva
Nunca cheguei tão ensopada no trabalho como hoje. Em dias normais, dependendo do caminho escolhido, levo entre 15 e 20 minutos para chegar. Hoje, acho que demorei mais de 35 minutos. Cheguei 13 minutos atrasada. Tive de mudar o trajeto várias vezes, pois era impossível atravessar verdadeiros lagos formados ao longo do meio-fio. Esses amontoados de água levam a outro risco: o de levar um banho quando os carros passam.
Como não tenho carro, tampouco dinheiro para comprar/manter um, tomei algumas decisões:
- Comprar um guarda-chuva daqueles enormes para dias como hoje (Sorry, Maurício);
- Deixar uns $$$ escondidos na carteira para pegar um táxi em dias como hoje – é nestes dias que odeio o meu terrível hábito de carregar apenas trocados na carteira; e
- Comprar uma galocha e uma capa de chuva. Nada me convence do contrário, de que esses são acessórios com a cara do Rio.
Apesar da desgraça de chegar totalmente ensopada no trabalho, eu gosto de dias chuvosos. Talvez fosse melhor passá-los em casa, mas a verdade é que eles me remetem a momentos divertidos da infância.
No primeiro, eu devia ter uns quatro, cinco anos. Quando chovia muito, meu irmão e, às vezes, o João Carlos, filho da madrinha e vizinho, faziam barquinhos com folhas de caderno que soltávamos no riozinho que se formava com a água da chuva ao lado da casa. Em alguma dessas tardes, lembro de minha mãe fazer fregolá. Ainda me lembro do cheiro de bolo recém-assado.
Noutra situação, Cássio havia construído uma gaiota, espécie de carrinho de madeira. Total loucura, mas minha mãe permitiu pelo menos uma vez que ele colocasse minha irmã, que tinha uns três anos, e eu dentro do tal carrinho, que tinha uma cobertura, e saísse para dar uma volta na chuva. Aventuras dele e do André, nosso vizinho.
A terceira lembrança é a de brincar na chuva, de sair para dar uma volta quando caía aquela chuva mais forte. Deve vir daí a minha tolerância com a chuva. A diferença é que a água que ficava na rua lá misturava-se à terra. Aqui, sabe-se lá o que contém a água preta que se acumula nas esquinas.
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Um comentário:
Você eu perdoo pelo guarda-chuva. :)
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