De amanhã até sábado farei o curso de organizadora profissional da OZ. Estou bem animada. Faz tanto tempo que não faço um curso sobre algo diferente. Acho que é isso o que está me animando mais. Claro que o assunto me interessa bastante. Arrumar coisas sempre foi um passatempo que me agradou, acho que sempre funcionou como uma válvula de escape. Faz pouco mais de um ano, eu acho, que comecei a ler o blog da Thais Godinho. Eu que já tinha mania de me desfazer de várias coisas, passei a olhar cada objeto de forma diferente. Preciso mesmo ter tudo isso? Nunca fui acumuladora, mas agora sou ainda menos apegada às coisas. Uma experiência que me fez notar isso foi quando a Air France perdeu minha mala na última viagem. Só senti falta do que tinha realmente um valor emocional. No mais, poderia continuar vivendo muito bem sem o resto das coisas.
Aliás, diminuir a importância das coisas em minha vida tem me parecido fundamental. Neste ano ainda não comprei nem uma roupa ou sapato. Ainda estou com o dinheiro que ganhei da mãe do Claudio de Natal guardado, esperando encontrar algo que realmente precise. Notei que preciso de pouca coisa. Tenho roupas e sapatos suficientes, livros que renderão leituras para mais de ano e cremes que não conseguirei gastar até a próxima viagem. Por opção também estamos cozinhando mais em casa, saindo menos. Uma opção que rende uma boa economia, pois os preços no Rio estão completamente fora da realidade. Quando chegamos de viagem de Porto Alegre pedimos uma pizza em casa e pagamos R$ 69 reais. Claro que a pizza era realmente de qualidade, mas acho que o preço é um pouco exagerado para apenas uma pizza.
Algo que consegui diminuir um pouco, mas ainda não da forma como gostaria é o vício de ficar consultando Facebook, Instagram e Foursquare várias vezes ao dia. Sei que isso me rouba tempo precioso, que eu poderia dedicar aos meus estudos, por exemplo. É algo a ser melhorado. Pelo menos parei de postar loucamente, como estava fazendo até um tempo atrás. É legal ficar sabendo o que tem feito meus amigos. Ao mesmo tempo me deixa tão incomodada ver como alguns contatos reclamam da vida, ficam postando frases sobre atos que eles mesmos não têm condições de colocar em prática ou se expõem gratuitamente de forma um pouco constrangedora às vezes. Acho que deveria controlar de forma mais forte minha curiosidade.
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Toda vez que alguém morre, seja alguém próximo, seja um desconhecido, como foi o caso do cinegrafista atingido pelo rojão, sempre me vem o pensamento do quanto devemos aproveitar nossas vidas hoje! Sou daquelas que fazem mil listas sobre para onde gostaria de viajar, onde gostaria de jantar, qual passeio ainda espera fazer, mas acaba deixando isso para algum dia. É tão curiosa a maneira como tratamos nossos desejos. Sempre fico me questionando se realmente quero fazer tudo o que listo, pois se quisesse já teria feito – pelo menos uma parte. Claro que às vezes ainda não temos o dinheiro para realizar tudo que queremos, mas há tantas coisas simples que estão ao nosso alcance, e mesmo assim ficamos protelando. Talvez falte apenas coragem para vencer a inércia.
Este blog já se chamou Cenas do Rio na época em que morei no Rio de Janeiro. O título nunca fez muito sentido, pois o Rio acabou nunca sendo o tema principal. Acho que o novo título, Uma vida em vários cenários, tem mais a ver neste momento. :) O endereço, porém, por ora, continuará o mesmo.
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