A vida pode acabar num estalar de dedos. Há quem considere pessimismo pensar assim, mas a verdade é que tudo pode acabar mesmo (e vai acabar) de uma hora para outra. E o pior é que ninguém está preparado para este momento inevitável. Este não é um assunto que eu fique pensando muito, mas nos últimos dias acabei tendo três inspirações.
Começou com o filme francês Sejam Muito Bem-vindos. O filme não fala exatamente sobre a morte, mas mostra um homem septuagenário desencantado da vida. Como em muitos filmes que seguem esse mesmo modelo, ele encontra em uma amizade a força para retomar a vida. Ao lado, uma jovenzinha que enfrenta cedo o lado sombrio dos dias. Juntos, tornam-se fortes.
No sábado, fomos assistir a Felicidade, peça em que o primo do Claudio atua. São quatro personagens, de diferentes perfis, idades e problemas. Eles morreram. A dona morte resolve então dar-lhes mais 24 horas para que resolvam suas vidas, fazendo aquilo que sempre quiseram, porém nunca tiveram coragem. Cada um tenta do seu jeito. Alguns conseguem.
Para completar, ontem resolvi começar a ler um livro que comprei faz um mês. Chama-se A culpa é das estrelas, de John Green. Trata sobre o amor entre dois adolescentes atingidos pelos câncer. Comecei a ler no final da tarde e entrei a madrugada. Deixei dois capítulos para hoje de manhã apenas para não "gastar" todo o livro ontem. A história está longe de ser leve. A vida não é mole em uma situação dessas.
Todas essas histórias tentam nos chamar para a vida mostrando a morte ou, no primeiro caso, o quão terrível pode ser desistir de viver. Todas tentam nos alertar, nos dizer que precisamos aproveitar o que temos, agora, não amanhã. Nem sempre é fácil, ainda mais em uma época em que andamos tão cansados, sem tempo ou paciência, deixando tudo (de bom e de ruim) para fazer depois. Nunca achamos que a vida pode acabar repentinamente.
Tanto o filme quanto a peça e o livro me tocaram bastante. Eu não acho que desperdiço minha vida, mas vez ou outra tenho meus momentos de desânimo.
Só sei que hoje o dia começou mais leve. E espero que continue assim por umas boas semanas, pois é assim que deve ser.
Este blog já se chamou Cenas do Rio na época em que morei no Rio de Janeiro. O título nunca fez muito sentido, pois o Rio acabou nunca sendo o tema principal. Acho que o novo título, Uma vida em vários cenários, tem mais a ver neste momento. :) O endereço, porém, por ora, continuará o mesmo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Piscamos e já estamos em março!
Em dezembro, no começo do mês, eu comecei um post que nunca publiquei. Fiquei com pena de apagar. Entao começo este post com estes três pará...
-
Desde que moro no Rio, leio a coluna da Martha Medeiros na Revista do Globo, ou seja, quase todo domingo. Antes de mudar-me para cá, eu era ...
-
Em dezembro de 2011, viajamos de Porto Alegre até Colônia do Sacramento de carro. Foi uma ótima experiência. A viagem é muito tranquila. ...
-
Logo depois que eu voltei da Alemanha, comecei a procurar as informações sobre os meus antepassados italianos. Naquela época, ano 2000, a in...
2 comentários:
Um maravilhoso incentivo ler isso ao iniciar a semana... Não deixar a vida para depois devia ser o lema de todos nós. Definitivamente tem que ser o meu lema já! Obrigada, Rafinha!!! Beijo
É, o meu também. :)
Bjs
Postar um comentário