quinta-feira, 16 de março de 2017

Mais do que alemão

Em um curso de alemão com pessoas de tantas nacionalidades aprende-se muito mais do que o idioma.

Por duas vezes fiquei pensando como o coreano é uma língua diferente das nossas desse lado do mundo. Para a colega da Coreia do Sul, palavras como Intellektuell ou Tabu não tem uma compreensão fácil, coisa que para nós são bem similares ao nosso idioma materno.

Ontem o colega iraniano me contou que não tinha estudado muito para a prova pois havia ido a uma festa de iranianos para comemorar a última terça-feira do ano. Afinal, no Irã o ano começa apenas no primeiro dia de primavera, que será na próxima terça-feira. Aí ele me explicou que no passado era assim no mundo inteiro. Por isso setembro se chama set-embro, pois é o sétimo mês do ano. September, Oktober, November, Dezember... faz todo sentido. Ele mesmo, que nasceu em setembro, tem duas datas no passaporte, uma baseada no calendário persa e outro no nosso.

Para a colega russa, jovenzinha, doce e ingênua, Stuttgart é uma cidade perigosa. Ela não tem coragem de fazer exercício na rua por medo. No final, feliz dela que não tem noção do que é viver em uma cidade realmente perigosa.

Hoje a aula de alemão chega ao fim. Teremos a prova. Já revisei o conteúdo tantas vezes, que não tenho mais forças para continuar estudando. Também acho que se deve estudar durante o período todo. Achar que vai aprender algo novo nos últimos momentos me parece bobagem. Claro que uma última olhadinha no que já se sabe pode ajudar, mas sinceramente se uma expressão não entrou na minha cabeça até agora, é melhor simplesmente torcer para que não caia na prova.

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