Ontem um ator caxiense se matou. Eu o conhecia de nome, talvez o tenha encontrado uma vez ou outra quando morava em Caxias do Sul. Talvez não. De qualquer modo ele era amigo de ex-colegas de faculdade e de jornal. Pois bem, fiquei sabendo que ele havia se matado por um post no instagram.
Estou desde novembro de 2015 acessando muito pouco o Facebook. Mais para ler as mensagens que minha mãe me manda por ali ou para ver alguma coisa quando sou marcada. Tirei o aplicativo do meu celular.
Realmente estava começando a ficar muito incomodada - e julguei que não precisava gastar meu tempo sendo incomodada por coisas que nem estavam diretamente ligada a minha vida.
Porém, agora que estou mais livre, resolvi tentar voltar aos poucos, mas já vi que não vai dar.
É um problema meu, mas a intolerância - independente do assunto - me agride. Eu também sou intolerante com muitas pessoas e muitos assuntos, não estou acima do bem e do mal. De qualquer forma, estou muito assustada com o nosso comportamento.
Ninguém pode lamentar a morte de um amigo ou expressar solidariedade por nada sem ser rapidamente taxado de hipócrita ou qualquer outra coisa ruim no mesmo nível.
Estou cansada.
Curiosamente a mesma pessoa que chamou muitos de hipócritas por estarem chorando por Paris e não Mariana em novembro (o que me ajudou a deixar o FB de lado) foi chamada de hipócrita agora porque fez um post de despedida ao amigo suicida - para os "não-hipócritas" ninguém estendeu a mão para ajudá-lo e agora quer se vangloriar por ser seu amigo". Ou seja, se você não for "hipócrita" em um tema, será bem loguinho em outro. Não temos saída. Não que eu ache que todo mundo "acerta" sempre, mas ter que viver pensando no que os outros irão pensar é muito estressante.
Por isso, acho que os seis meses longe do FB foram acertados e deverão ser mantidos. Não vou extinguir meu cadastro, pois posso usar a rede para coisas pontuais, como meu grupo de Biblioteconomia, mas ler tudo que vier na timeline realmente não é mais para mim, para o meu bem. Acho que me poupar da opinião de todos sobre tudo é a melhor saída. Serei eu a mais intolerante de todas, não mais serei tolerante ao uso do meu tempo com coisas que não valem a pena.