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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Mudanças inesperadas

Como virginiana, você planeja tudo, faz listas, compras antecipadas, reserva hotéis e aí, de repente, recebe uma notícia que muda tudo. Nunca gostei muito de alterar planos, especialmente planos feitos com bastante antecedência. Pois é, agora tive que aprender a reprogramar tudo.

Antes de um pequeno furacão passar pela minha vida, me diverti bastante desde o último post. 

Recebi uma amiga e meu afilhado aqui na Alemanha em abril. Passeamos bastante, conversamos muito, fizemos algumas viagens, foi tão bom. Ainda consegui encontrar outra amiga que mora na Europa, mas desde a pandemia não tinha mais conseguido ver. 

Depois, fui passar duas semanas com minha mãe na Turquia. Ela veio na excursão do grupo brasileiro que já estava programada há dois anos. Deu tudo certo. Eu já estava duvidando um pouco, dado que tantas operadoras quebraram durante a pandemia. A Turquia é um país maravilhoso para se conhecer. Tem lugares lindos e muita história. Recomendo. E ainda teve o passeio de balão, que foi ótimo. 

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Outono

Parece que depois de muitos anos, fiz as pazes com os Paralamas. Havia uma época em que nao podia mais ouvir, mas dia desses me peguei cantarolando Lanterna dos afogados. Depois disso, ouvi várias vezes as músicas de que mais gosto. 

O outono chegou com tudo agora. No início, sinto uma pequena tristeza. Mais pela perspectiva de meses de frio e escuridao, menos pela estacao em si, que acho bem agradável. As árvores já estao amareladas. Logo as folhas comecarao a cair. Aí, sim, o negócio fica sério. Pelo menos logo haverá já mercados de Natal, o que deixa o friozinho mais aceitável. No final das contas, eu acho legal poder aproveitar cada estacao com tudo que se tem direito. 

Ontem encontrei uma amiga que teve um bebê. Um bebezao! T. é muito fofinho. Foi ótimo encontrá-la depois de tantos meses. A última vez que havíamos feito algo juntas foi em fevereiro de 2020, pré-pandemia. No verao, nos encontramos pro acaso na rua, mas eu estava cheia de pressa naquela dia. 

Já estou com saudades de fazer um tour de bike. O último foi muito bom, no meu aniversário. Conheci finalmente Rothenburg ob der Tauber, a cidade com mais ar "alemao" da Alemanha, pelo menos de acordo com os estereótipos. Ainda é uma cidade murada e toda bem conservada. Depois passeamos por outras bonitas, como Wertheim, Tauberbischofsheim, Lauda e Bad Mergentheim, onde fomos a uma estacao termal e foi ótimo. 

Para o aniversário do T. planejamos uma outra pequena viagem, já que na segunda-feira é feriado. Desta vez, vamos conhecer Bad Wildbad, onde também tem uma fonte termal, que é algo perfeito nos dias frios. Eu estou pensando se agendo massagens também.

Em novembro, teremos pelo menos duas outras viagens de fim de semana. Isso me faz um bem danado. 

A pandemia parece nao querer dar trégua de jeito algum. De qualquer forma, estou cheia de planos para 2022. Tomara que consigam sair do papel. 

Ler as notícias do Brasil causam uma gastura. Eu me pergunto como alguém ainda pode apoiar alguém tao perverso como essa bosta que ocupa a presidência. Sinceramente! 

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Morte

Ontem o companheiro de vida de uma conhecida morreu. Apesar de serem separados como casal, eles tinham uma filha e a convivência já existia há mais de 25 anos. 

Toda vez que morre alguém conhecido, sinto um desconforto duplo. Primeiro, pela morte de alguém ainda jovem. Segundo, por parecer receber um choque de realidade, por perceber quanto tempo ainda desperdico com coisas que nao valem a pena, com pessoas que nao valem a pena, com atividades que nao acrescentam nada.

Nos últimos meses no Brasil morreram mais de 108 mil pessoas em decorrência do Covid-19. Apesar do número absurdo, parece que estamos anestesiados, incapazes de fazer algo contra. Quando foi que nos transformamos nisso? Ou sempre fomos assim?

 




terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Aprendizado de 2019: não crie expectativas

2018 foi um ano muito querido comigo.

2019 não ficou muito atrás.

Talvez uma das grandes lições dos últimos tempos tenha sido: não crie expectativas. Nem grandes, nem pequenas. Apenas viva da melhor forma que conseguir.

Foi o que fiz em 2018. E cheguei ao final do ano me sentindo feliz.

Neste ano, eu talvez não tenha seguido isso à risca. Criei algumas expectativas, as quais, obviamente, não se concretizaram. Porém, não fico frustrada ao me dar conta disso. Acho até bom, pois reforça o primeiro pensamento, de que a vida é mais feliz quando não cobramos demais de nós mesmos ou dos outros.

***
Acabei de ler a carta de uma amiga, na qual ela faz uma pequena avaliacão de 2019. Nos meses futuros, ela espera descobrir mais sobre uma parte de si mesma, despertada neste ano. Isso gera um tanto de angústia, o que me fez ficar pensando: por que sempre temos que consertar algo? Por que sempre queremos mudar características que nem são tao negativas assim? Obviamente podemos ser pessoas melhores, nos colocarmos mais no lugar do outro, termos mais paciência conosco e com os outros e assim por diante, mas não é exatamente disso que se trata quando falamos entre amigos que precisamos resolver algumas coisas em nós mesmas. Queremos ser pessoas levemente diferentes, "melhor resolvidas", que não se abalam mais com coisas que sempre mexeram muito conosco.

Eu mesma me vejo lidando com temas que já me estressaram várias vezes em momentos diferentes da minha vida. Achei que estavam bem resolvidos. Ledo engano...

Não, não estão resolvidos, mas a forma como decidi encará-los mudou - ufa! Pelo menos isso! Menos reacoes intempestivas, mais respiradas - o que realmente funciona, junto com um afastamento do tema. Depois tudo parece ter menos importância, ainda mais quando é um tema que nem deveria ocupar meu tempo. A vida tem bem sido mais fácil assim.

***

Uma das expectativas criadas para 2019 foi a de ter amigos aqui na Alemanha. Posso dizer que os lacos com os antigos se estreitaram e conheci pessoas que talvez com o tempo venham a ser amigos. As amizades aqui desenvolvem-se de forma diferente que no Brasil. Também notei que sem se mexer, nada acontece. Eu fiz a minha parte.

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Viajei o suficiente em 2019. Acordei em Londres no dia 1.01. Depois fiz duas viagens com a família da Dê. Conheci Estocolmo com a Simone. Recebi a visita da Anja e da família do Rodrigo. Encontrei a Tati no aeroporto. Fui ao Brasil. Fiz uma viagem com as sobrinhas e a mãe. Depois ainda passeei com a mãe por aqui e no Marrocos. Conheci a cidade do T. e, depois, a região de onde vêm os pais. E ainda teve os fins de semana agradáveis em Heidelberg e em Baden-Baden com ele. Definitivamente não dá para reclamar.

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Obrigada, 2019, pelas belas surpresas.
Que 2020 seja novamente generoso comigo e com todos.

E o tempo passou até que rápido

E não é que cinco semanas já se passaram? Mais quatro dias de trabalho e... férias!

Não sei se trabalhei mais neste ano ou se cansei mais por alguma razão, só sei que estou realmente, com todas as minhas forcas, contando esses últimos dias.

Porque estou me sentindo cansada, só penso em dormir no tempo que tiver livre, mas já sei que não será bem assim. Talvez no fim de semana, quando estiver na casa do T., mas não na semana seguinte, quando vamos para a casa dos pais. Não que seja preciso madrugar, mas também não dá para se levantar as 11h. O lado bom é que dá para fazer mais coisas ao longo do dia.

***

Na semana passada, recebi um pacotinho especial vindo do Brasil. Eu já tinha uma ideia do que havia dentro, mas ainda assim fiquei bem emocionada quando finalmente vi a almofada que minha amiga Márcia fez pra mim. Há alguns meses, ela fez uma feijoada para os amigos e aproveitou para coletar as assinaturas que depois seriam bordadas pela Cris. Ficou lindo meu presente!





terça-feira, 27 de agosto de 2019

Alegria, alegria

Minhas amigas Eliane e Zilá passaram 10 dias comigo na Alemanha. Fiquei muito feliz por elas terem reservado esta enorme parte da viagem para me fazer companhia. Foram dias felizes. Passeamos bastante e aproveitamos os finais de tarde depois que eu chegava do trabalho. Já sinto uma saudadezinha.

Diferente de quando a mãe voltou ao Brasil, porém, desta vez não caí na tristeza quando a casa ficou vazia. Simplesmente porque agora já não me sinto sozinha.

Gente, tem coisa melhor do que estar apaixonada? Não, não tem. :-) Pelo menos eu acho que não tem, especialmente neste momento em que este é o meu estado praticamente em 24 horas do dia. E eu me amo desta forma, porque a vida parece que fica mais leve, mais engraçada e as pequenas coisas - uma palavra bonita aqui, um sorriso correspondido ali - mais interessantes.

Curiosamente, em boa parte da minha vida sempre me achei mais racional do que passional, mas nos últimos anos me dei conta do quanto sigo pela vida baseada em decisões tomadas pelo coracao. Quando descobri isso, fiquei meio chocada, mas agora que sei que sou assim, tento tirar proveito disso.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Bate papo

Ontem fui dormir bem cedo. Este era o meu plano ao me deitar às 21h, e deu certo. Eu havia feito uma longa caminhada, estava cansada e havia dormido pouco na noite passada. Queria recuperar o sono. Li um pouquinho e pronto. Dormi. Só que às 3h30... acordei! E quem disse que dormia de novo? Li o capítulo de um livro no kindle até que finalmente consegui dormir de novo, mas de manha acordei exausta. Agora não vou mais deitar tao cedo...

Com o negócio da preguiça para levantar, acabei vindo mais tarde para o trabalho. Ainda cedo perto do horário de outros colegas, mas tarde para os meus padrões.

No meio da manha consegui finalmente encontrar o Juliano, um pesquisador brasileiro que chegou na segunda e vai fazer uma estadia aqui. Foi tao bom revê-lo. Nos conhecemos em 2015 ou 2016, não sei mais, numa seleção de doutorado em Brasília. Fiquei feliz porque assim que o chamei no corredor, ele me olhou e logo já veio sorrindo: - Nós nos conhecemos! A conversa que era para ser rápida, acabou durando meia hora. Sempre acho engraçado como às vezes é tao fácil conversar com certas pessoas - com outras, ao contrário, parece que cada frase é uma forçação de barra.

Para completar o dia meio atípico, em que fiquei tao pouco na minha sala, fui ao depósito de livros no porao, o senhor S. deu uma passadinha para um pouco de conversa fiada e depois ainda fui almoçar com o Stefan, que aceitou ir na cantina de que gosto mais e não no RU, aonde ele vai quase todo dia. Depois ainda deu tempo de tomarmos um cafezinho no sol. Tao bom! Tinha feito algo semelhante outra dia com a Luiza, uma outra brasileira, que infelizmente amanha já está indo embora.

Este mês de agosto está superando qualquer expectativa. :)

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Verão europeu

O verão europeu é bem temperamental, devo dizer, mas nem dá para reclamar. Pelo menos os casaquinhos são mais leves e às vezes fica até bem quente, como aconteceu uns dias atrás. Hoje, porém, amanheceu nublado. Eu gosto de dias nublados, sempre gostei. Lembro que adorava os dias de chuva quando era estagiária de um banco lá em Esmeralda. Eram dias mais tranquilos e as pessoas, que tinham mesmo que ir ao banco, acabavam ficando até um pouco mais e batendo um papo. É claro que semanas e semanas de dias nublados não são legais, mas assim, uma vez ou outra, é bom para dar um acalmada.

Ontem fui a uma apresentacão musical no Castelo de Heidelberg. O castelo é uma ruína, mas tem um charme incrível. Eu sempre fico feliz quando o visito. O concerto fechou o festival que estava sendo realizado lá em cima desde o final de junho. É como se o verão estivesse entrando na reta final, o que de certa forma é verdade. Os dias já começaram a diminuir. Meu plano é aproveitar agosto da melhor forma possível. E sei que vou, já que estarei com visitas durante quase metade do mês, para minha alegria.

***

Sábado fui a minha primeira festa de aniversário na cidade. Foi bem legal. Existem algumas áreas para fazer churrasco nas florestas por aqui. A reserva costuma ser feita com um ano de antecedência. Esses dois novos amigos já comemoram juntos há 12 anos. Até agora nunca choveu no dia da festa. No sábado, o dia começou terrivelmente feio, mas depois do meio-dia o sol surgiu e ficou até mais quentinho. As festas aqui começam no finalzinho da tarde, o que acho maravilhoso. Quando termina, ainda dá para voltar de ônibus para casa.

Como a festa foi no alto da montanha, precisei arrumar uma carona. E aí tive uma grata surpresa. A pessoa a quem pedi a carona, já ia levar toda a parafernália da festa, mas me indicou outra possibilidade. No dia da festa ainda me escreveu para ver se eu tinha conseguido e me dando outras duas alternativas. Eu me senti feliz com a preocupacao. Deu tudo certo, cheguei e saí da festa sem grandes problemas.

Eu gostei da festa também porque, por incrível que pareca, havia vários conhecidos, dos encontros de sábado de manha, e em nenhum momento em senti pouco integrada. Isso realmente é um avanço - e um retorno da postura que adotei nos últimos meses, de certa forma, quando resolvi me arriscar mais para fazer novas amizades.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Desdobramentos de um comportamento

Faz uns dois meses que estou me sentindo mais aberta para o mundo. Não é fácil, pois tenho que fazer um grande esforço para me sentir à vontade conversando com desconhecidos, puxando assunto com quem conheço pouco. Depois até fica agradável, dependendo do interlocutor, mas o início é até meio doloroso.

Tudo começou quando resolvi fazer um curso de introdução à yôga. Foi o primeiro passo, tentar fazer algo que nunca tinha feito. Isso foi no final de maio, se não me engano. Nessa mesma época, uma amiga me recomendou fazer um cadastro no meetup. Comecei a participar de um dos grupos com assiduidade. Agora faço parte do grupo mais reservado no whatsapp, já saí com algumas pessoas fora desse encontro dos sábados e fui convidada para uma festa de aniversário no próximo fim de semana. São pequenos acontecimentos, mas que para mim têm um grande significado. Eu estava me sentindo extremamente sozinha. Ao me forçar esses pequenos movimentos, tive resultados interessantes.

No ambiente de trabalho também resolvi sair um pouco mais da biblioteca, almoçando com pesquisadores, tentando me mostrar mais aberta para outras atividades. Sábado fui a uma festa muito legal na casa de um deles. Um casarão antigo lindo! A festa foi no jardim, mas uma chuvarada nos fez levar tudo para dentro. Enquanto estávamos no lado de fora, teve pizza feita na hora (um dos moradores da república construiu um forno em um latão) e show de uma dupla cantando até em português. Não houve problema da festa continuar dentro da casa, pois havia muito espaço, mesmo com umas 40 pessoas circulando nos dois andares.

De qualquer forma, é sempre um esforço - mas que vejo que está valendo a pena ser feito.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Como eu não quero ser ou como eu não gostaria de ser

Observar o comportamento dos outros é algo que gosto de fazer. É bom para ver o que me agrada, o que gostaría de imitar e o que jamais gostaría de ser ou de fazer.

Claro que ao longo da vida vamos cometendo vários erros que não gostaríamos de ter cometido e por mais atentos que sejamos, uma hora ou outra acabamos fazendo coisas das quais nos envergonhamos. Acontece com todo mundo. No final das contas, os erros estão aí para nos mostrarem alguma coisa - nem que seja nos ensinar a não repeti-los.

Nas últimas semanas vivi algumas situacoes de aprendizado no ambiente de trabalho. Nada relacionado diretamente com o trabalho, mas à maneira como as pessoas reagem em algumas situacoes. Poderia ser no Brasil, acho que não tem relacao direta com o jeito alemão de ser.

A primeira situacao foi meio dolorosa. Então não vou deixá-la registrada aqui. Só posso dizer que cometi um erro recorrente. É algo que preciso aprender de uma vez por todas, pois já me vi na mesma situacao mais de uma vez na vida e parece que não aprendo de jeito algum. Fico me odiando por isso. Não é algo extremamente grave, mas vejo que nem sempre uma "boa intencao" gera bons resultados, e pode provocar dores desnecessárias (em mim).

A outra situacao foi ao contar para uma colega que havia pedido para um colega revisar um documento. Ela ficou me questionando por que eu havia pedido ajuda para determinada pessoa se podia ter visto um modelo na internet. Não é por mal, eu sei, mas de certa forma, esta colega sempre desencoraja qualquer aproximacao com outros colegas. Acho curioso. Gosto da companhia dela, mas percebo que seus relacionamentos são bem limitados aqui, mesmo já trabalhando há oito anos. Há um quê de negativismo. Fico me questionando se esta aproximacao é boa para mim. Depois me recrimino e tento eu também não ser preconceituosa ou metida à besta.

Outra constatacao dos últimos dias é que praticamente ninguém da biblioteca gosta de comemorar o aniversário com os colegas. Isso me causa uma frustracao, pois eu adoro dia de aniversário. Neste mês, três colegas fazem aniversário. Os três tiraram férias no período. Já soube que outros dois pretendem fazer isso em agosto. No fundo, ainda bem que já tenho algo programado para o meu, pois seria frustrante passar mais um ano em branco. No ano passado, ninguém sabia mesmo, então foi tudo bem, mas agora...

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bananas e sentimentos

Comer uma banana no lanche da manha me faz bem. A banana por si só faz bem, mas o sentimento de estar comendo uma fruta ao invés de bolachas, por exemplo, também tem uma  grande importância.

Banana é uma das poucas frutas que considero ter o gosto "de verdade" aqui na Alemanha. Sim, pode-se argumentar que elas não são alemãs e por isso tem gosto de banana mesmo. Porém, mangas, abacates e melões também são importados. Nem por isso têm gosto da fruta "de verdade". Eu sei que é apenas uma implicância minha, mas às vezes dá uma frustracão comer abacate sem gosto de abacate.

***

Parece que todos os planos que eu tinha feito para os últimos dias deram errado. Nada assim tao dramático, mas é curioso. Deve ser mercúrio retrógrado...

***

Nesta semana completo um ano de Heidelberg. Feliz por estar aqui, mas frustrada pela falta de amigos. Nunca achei que seria tao difícil.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Um dia feliz

Sábado vivi meu melhor dia desde que cheguei à Alemanha: resolvi me aventurar em algo diferente, conheci várias pessoas novas, ri, conversei como há tempos nao fazia, bebi uma tacinha de vinho, comi o que quis, dancei loucamente. Como em um passe de mágica, de lá para cá passei a me sentir feliz.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Inspiracao

Eu adoro ler o blog da Lud, que é assim alegre com um pouco de "ranzinzisse" como eu (espero que ela nao fique chateada com essa definicao). Lud me lembra sempre como é bom fazer posts sobre detalhes do dia a dia. Aí me sinto inspirada a escrever novamente.

E, agora que estou mais alegrinha, talvez nao caia mais no perigo de escrever uns textos meio melancólicos demais. Nao que eu ache ruim estar triste ora ou outra, porque é assim mesmo, mas se eu escrever somente quando estou triste, parece que sempre estou assim - o que nao é verdade.

Acabei de voltar de um belo fim de semana na Polônia, ou melhor, de 24 horas na casa dos pais de uma amiga polonesa, num lugar bem bem bem pequeno nao muito longe da fronteira com a Alemanha. Foi tao bom. Sao aqueles fins de semana que enchem o coracao de alegria e nos lembram como é bom estar entre amigos. O pai dela fez uma fogueira. Foi minha primeira vez assando linguicas numa fogueira, assim como a primeira vez que bebi vodca feita em casa. Nao, fiquei superbem no dia seguinte. :)

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Volta à programação normal

Nos últimos três meses e dois dias, fiz algo que não costumo fazer: me expus. E bastante. Normalmente sou bem reservada e, apesar de ter longas conversas com minhas amigas mais próximas, nunca fui de ficar falando muito de sentimentos íntimos. Simplesmente não gosto de ser o centro das atenções. E ponto.

Aprendi, com essa experiência, que o melhor é se manter fiel à essência do que somos. Há bem poucas razões que justifiquem alterar isso.

Talvez, na minha mistura de ingenuidade e mágoa (por me sentir machucada), esperasse empatia. E tive muita! Justamente das pessoas que sempre estiveram próximas, da meia dúzia de amigas que sempre estiveram e sempre estarão ao meu lado. Com quem eu já dividia o que achava importante, fossem alegrias ou tristezas.

Das demais pessoas, obtive desinteresse, julgamento, empatia zero. Algo que neste momento, especificamente, é tudo que não preciso.

Como tudo, foi uma ótima lição. Sempre há um lado bom em tudo.

'Bora gastar tempo com o que vale a pena e com quem me faz/eu faço sentir-me/-se bem.

sábado, 12 de agosto de 2017

Voltei

Faz 13 diz que voltei, mas, por tudo que já fiz, parece que foi bem mais.

Desde que voltei, já me encontrei três vezes com minhas amigas do antigo trabalho. Estávamos com saudades. Não do antigo trabalho, mas de nossas conversas animadas. Foi tão bom!

Também já consegui fazer um jantar para as colegas queridas do mestrado, coisa bem difícil de marcar nos últimos tempos, mas separamos uma data na agenda com bastante antecedência e deu certo.

No dia 1º comecei meu estágio supervisionado na biblioteca do Museu Nacional. Tão bom! Eu me sinto muito à vontade em uma biblioteca.

Eis que nesta semana surgiu outra oportunidade e comecei um estágio voluntário na Biblioteca Nacional. Imagina minha felicidade!

Agora estou com a manhã e a tarde ocupadas. Depois do trabalho tento adiantar os estudos das últimas duas matérias que estou cursando. Quero ver se já vou escrevendo o relatório também até o dia da prova em Caxias, que desta vez será no di 16 de setembro.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Reta final

E, de repente, falta pouco mais de um mês para eu voltar ao Brasil. Não sei se quero. Sei que minha vida não será a mesma de antes, por vários motivos. Isso é bom, mas voltar ao Rio tem me feito ter medo. Depois desses meses todos aqui, vivendo em um lugar seguro, com pessoas (em geral) mais educadas, sinto-me frágil para encarar tanta violência e (de certa forma) gente mimada e que só pensa em si. Eu também sou egoísta, eu sei, nem precisa alguém me dizer, mas já cedi várias vezes nesta vida, já passei por ultrajes, que me sinto no direito de pensar só em mim, nem que seja apenas por alguns minutos. Acho que eu queria uma vida nova, com apenas boas perspectivas (mas quem não queria?).

Hoje foi dia de prova de alemão. Foi também a última aula. Eu falei várias vezes ao longo do semestre que esta era a última vez que eu estudaria alemão. Bom, como ainda estou longe de falar como gostaria, acho que a luta continuará. Talvez não mais com aulas em escolas, mas tentando aprender em livros, filmes ou conversando.

As aulas do curso de Biblioteconomia também estão chegando ao fim, mas até a semana que vem ainda haverá alguns dias com aula. Na segunda ainda tem apresentação de um trabalho. Para escrever ainda faltam dois individuais e dois em grupo. Por sorte, uma amiga alemã se ofereceu para ler meus textos. Assim fico mais tranquilo. Duro é que no dia da prova não terei essa ajudinha, mas ainda estou pensando se vou fazer a prova. Eu não preciso das notas dessas disciplinas para nada, pois não aproveitarei essas matérias no meu currículo da UCS. Por isso, vou decidir até a semana que vem se estou preparada ou não para me submeter a uma prova à toa.

Enquanto termino os últimos trabalhos, estou planejando minhas viagens para julho. A minha amiga Márcia vem me ver. Fiquei muito feliz. Aliás, as visitas das amigas foram surpresas agradáveis. Fiquei muito feliz com a visita da Gisele e do Andreas e depois da Dê com a família. Antes da Márcia, vem a Simone, amiga dos tempos de Frankfurt, para passar um domingo comigo. No fim de semana passado, me encontrei com o Stephan, colega de trabalho no Rio, que agora mora em Munique, e neste fim de semana vou viajar com uma amiga da minha amiga Marie. Tudo isso dá um quentinho no coração. E talvez ainda tenha uma visita a dois amigos na Itália. :) No final, é isso, a gente tem que valorizar quem gosta da gente.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Memórias do coração

Existem algumas cenas que ficam guardadas na memória de maneira mais especial que outras.

Uma delas me vem à mente sempre que escuto Sweet Caroline, do Neil Diamond, por exemplo. Eu já tinha ouvido esta música antes, mas foi a partir da minha noite de despedida de Las Vegas, cercada dos amigos que tinha feito naqueles meses, que ela passou a fazer parte das minhas lembranças mais queridas. Quando foi cantada por alguém em um karaokê qualquer em que fomos parar, o bar inteiro cantou o refrão. Sinto uma alegria ao pensar na cena. Antes de irmos para lá, os mesmos amigos haviam preparado um jantar. Um fez uma paella, outra fez guacamole, outros ofereceram a casa, um trouxe uma tequila. Lembro-me de estar encostada em um armário da cozinha observando aquelas pessoas que haviam surgido na minha vida somente algumas semanas antes e que estavam sendo tão amáveis se reunindo naquela noite para se despedir. Lembro-me que me senti bem especial.

Este último fim de semana também tem tudo para entrar para as memórias mais especiais. Pela primeira vez na vida - e talvez a única, quem sabe - reuni em um mesmo ambiente as pessoas mais importantes da minha vida nos últimos 40 anos. Havia ali quem me viu nos meus primeiros dias, quem me conheceu ainda no jardim de infância, no colégio, na faculdade, nos diferentes trabalhos, no mestrado, no doutorado ou aqueles que me foram apresentados por amigos. Ao longo desses anos todos muitos já se conhecem, criaram vínculos próprios e acho que essa é uma das maiores alegrias que eu poderia ter. Não consegui ficar todo o tempo que gostaria com cada um, mas vê-los reunidos deu um calorzinho no coração. Foi o melhor presente de aniversário que eu poderia ter escolhido. Assim como na longínqua noite de 2005, eu me senti bem especial.

E me sentir especial, neste ano inóspito e com surpresas tão desagradáveis, foi um alento.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Por mais leveza e amor

Volta e meia a vida resolve nos dar uns sustos para nos lembrarmos do que é importante.

Hoje cheguei toda feliz de volta ao trabalho e uma colega nem esperou eu ligar meu computador para ir me dizendo: "Já leu seus e-mails? O C. morreu em um acidente de carro e você terá de atualizar o site. Já tem o texto e a foto. Está tudo no e-mail."

O quê?

O dia acabou sendo esquisito demais. Além da tristeza enorme, minha colega de sala só volta amanhã das férias e a colega com quem eu tinha mais empatia foi embora para a Alemanha. Para completar, Claudio está viajando.

Como sempre acontece, uma morte mexe com a nossa percepção de mundo, faz pensar sobre o que estamos fazendo com nossas vidas, diminui a prioridade do que realmente deveria ter menos prioridade. Pena que passadas algumas semanas voltamos ao compromissos vazios, os estresses desnecessários, a falta de valorização da vida...

Tentar fazer diferente desta vez.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

De tudo um pouco

Vivemos tempos estranhos
Sei lá se algum dia foi diferente, mas talvez agora esteja pior. Parecemos seguir a lógica dos computadores, ou é 1 ou é 0, não existe meio termo, não existe opção diferente daquelas localizadas nos extremos. O equilíbrio, o 1/2 parece não haver mais. Não é apenas sobre política, mas sobre tudo. Se você não concordar com minha opinião, que está sempre certa, eu não quero mais saber de você. Aliás, quem ouve de verdade a opinião do outro? E quem ainda reflete sobre suas opiniões?
Eu tenho medo de pessoas que gritam para impor suas opiniões, mas também tenho medo dos que desdenham da opinião dos outros, fazendo muxoxos ou virando a cara. Isto é tão assustador. Ninguém está livre de passar por uma ou outra situação, mas acho que deveríamos ficar mais alertas, tentar ouvir (mesmo!) e talvez resgatar a capacidade de avaliar o que pensamos - será que tudo é realmente do jeito que acreditamos? Será que o outro não tem nem um tantinho de razão?

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Conquistas merecidas
Um amiga que mora aqui no Rio comprou um apartamento recentemente. Nos conhecemos há 20 anos, fizemos faculdade juntas. Ficamos muitos anos sem nos vermos. Há uns cinco ela se mudou para o Rio. Apesar de agora estarmos na mesma cidade de novo, não é fácil nos vermos. Trabalhamos em áreas distintas, temos nossas próprias rotinas e acabamos nunca encontrando o tempo para um encontro. Apesar disso, eu sei que se eu precisar de uma amiga para qualquer parada, posso contar com ela. (Espero que ela pense o mesmo) Hoje trocamos algumas mensagens, para ver se finalmente nos encontramos. Ela me falou sobre o apartamento. Acho que é nessas horas que intimamente a gente sabe se realmente gosto do outro ou não. Percebi que realmente gosto desta amiga. Senti uma felicidade tão grande ao saber que ela realizou este projeto, resultado direto de seu trabalho.

Mais cedo também li no Facebook que outra amiga comprou o carro que desejava há algum tempo. Mais do que ser um bem, o carro vai conferir a ela um enorme ganho de qualidade de vida. Nas manhãs de inverno (do Rio Grande do Sul), quando tiver que sair de casa cedo para ir trabalhar em outra cidade, não precisará mais congelar à espera do ônibus ou de uma carona. Não se tratou de comprar uma coisa apenas por comprar, mas realmente buscar por um recurso que vai melhorar imensamente o seu dia a dia. E ela mais do que ninguém merece ter este conforto.

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Estou feliz por ter lido neste mês um livro em alemão. Já estou pensando até em iniciar outro. Apesar de ter que investir meu tempo em leituras mais técnicas, antes de dormir tenho me dado o direito de me deleitar com assuntos mais leves. Não que o livro que estou acabando seja exatamente leve, mas é bem mais spannende do que um livro acadêmico.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Os bons momentos com os amigos

Aprendi nesta semana que uma série bem feita de musculação é algo inesquecível - pelo menos nos dois dias seguintes...

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Usar o substantivo "amigo" é algo que vai ficando cada vez mais difícil com a idade. Não, não estou desiludida com amigo algum, mas observo apenas que estabelecer amizades não é fácil quando trabalhamos com um grupo pequeno e estável de pessoas, quando não frequentamos algum curso, quando nossa paciência para determinados comportamentos já não lá assim tão grande.

Do curso novo que estou fazendo, eu já sei que sairão uns dois ou três amigos novos, daqueles que farão parte da minha vida por um bom tempo, quem sabe até para sempre. É bastante comum termos amizades durante um período determinado, quando estamos vivendo as mesmas experiências, passando pelas mesmas dificuldades ou alegrias. Eu já tive várias dessas e já fui esse tipo de amiga também diversas vezes.

Talvez mais importante do que fazer novas é conseguir manter as antigas. Eu mesma me pego tão distraída em relação aos meus amigos. Ando preguiçosa para sair de casa, nunca fui de telefonar e até mesmo dos aniversários tenho involuntariamente me esquecido (o que é um tanto frustrante, pois já tive uma boa memória para datas).

Por outro lado, como escrito há pouco, existem amizades que têm realmente prazo de validade. Elas são ótimas enquanto duram, cumprem seu papel, deixando aquela lembrança boa, que deve ser pensada desta forma mesmo, sem tristeza ou mágoa.

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Ontem recebemos em casa um amigo que conheço já há uns bons 10 anos ou mais. Convidamos também dois novos amigos. Foi uma noite muito agradável. É tão bom ter uma conversar sobre o tudo e o nada de vez em quando. Em um momento, este amigo mais antigo quase chorou. Quase chorei junto (mas não sou de chorar em público), pois são mesmo esses momentos de felicidade os mais importantes nessa vida. De um modo geral, para mim, eles ocorrem quando estou perto de meus amigos.

Anotações curtas

Viagens:   Eu não fiz uma conta superprecisa, mas calculei que no ano passado dormir pelo menos 90 noites em hotéis, albergues ou visitando ...