Ao longo do último ano, reduzi muitas
coisas na minha vida.
Livrei-me de revistas, recortes de jornais e muitos papéis de cursos que andei fazendo nos últimos tempos e que nunca mais iria ler. Guardei somente o que é realmente uma referência importante e que não encontrarei facilmente na internet.
Sobrou pouca coisa considerada importante.
Ainda tenho alguns textos sobre metodologia e ciência da informação que jogarei fora tão logo passe o doutorado. Por enquanto, ainda estão sendo úteis.
Fotografei e depois levei para a reciclagem convites de festas, lembranças de nascimento e ingressos de shows, papéis que costumava guardar para um dia fazer um álbum bem bacana - na maioria dos casos, esse dia nunca chegou, provavelmente nunca chegará.
Há ainda algumas coisas para serem “liberadas”, como os folhetos que pegamos em viagens. São coisas que fazia sentido guardar quando não havia internet, agora muito se recupera na web. Alguns papéis têm valor sentimental, mas outros tantos posso fotografar e descartar.
Dei vários livros em 2013, menos do que gostaria, pois a estante ainda está cheia. Como consegui separar o que tenho vontade de ler, vi que tinha muita coisa ainda nova. O resultado foi que neste ano ainda não comprei sequer um livro – e já estamos em abril! Na estante estão livros que gosto muito e outros que ainda não consegui me desapegar.
Roupas e calçados sempre tive poucos, pois faço limpezas em meus armários todo mês. Estou tentando adotar a prática de comprar boas e poucas peças. Neste ano, tirando algumas roupas de baixo, comprei apenas um sapato preto com saltinho, que estava procurando desde o ano passado.
Aos poucos vamos conseguindo deixar somente aquilo que usamos. A cozinha é o território mais complicado de “esvaziar”, apesar de ser, ao mesmo tempo, o mais fácil de identificar o que realmente se usa - quando comecei este post ainda não tinha invertido a ordem de duas gavetas, o que acabou rendendo a doação de vários utensílios que o Claudio e eu sequer tiramos da gaveta nos últimos 7 anos. Já nos livramos de canecas que estavam guardadas há mais de meia década sem uso. Colocamos em uso taças que estavam esperando para... que mesmo? Tiramos coisas lascadas. Adotamos novos usos para determinados objetos - como a bacia da batedeira, que nunca era usada e percebemos que serve para muitas coisas, pois é a maior vasilha que temos em casa para misturar massa, fazer saladas etc.
Quanto mais se "limpa" a casa, mais se percebe quanta coisa inútil enche gavetas, entulha estantes, entope armários que poderiam muito bem ser melhor aproveitados. Ao livrar a casa de tantos objetos nunca usados, parece que todo o resto fica mais leve.