quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Triste adeus às locadoras

Dia desses saiu uma matéria no Globo sobre o fim da Blockbuster. Apesar de eu mesma atualmente alugar menos de cinco filmes por ano, fiquei triste. Locadoras fizeram parte de boa parte da minha vida.

Os tempos são outros agora, mas lamento que lugares tão legais estejam chegando ao fim. Passei ótimas horas da minha vida escolhendo filmes.

Por morar em uma cidade bem pequena, comecei a ter acesso ao mundo dos filmes mais tarde do que gostaria. Em Esmeralda, não havia nem cinema tampouco locadoras. Pelo menos na minha infância.

Na adolescência, tive dois tipos de experiências. Ou três, se contar os filmes que de vez em quando o professor Fernando me emprestava. Só tivemos videocassete em casa depois da minha festa de 15 anos. A festa foi filmada e foi necessário ter o equipamento em casa para assistir à gravação. Já era 1991, mas, para mim, um novo mundo se abria.

Tão logo tive meu primeiro emprego, meses depois da aquisição do videocassete, comecei a pegar filmes em Vacaria. Aproveitava a consulta semanal no ortodentista para escolher duas ou três fitas, assim também podia ficar uns dias a mais com os filmes. Depois, pagava o cobrador do ônibus da manhã, o Leosés, para devolvê-los para mim. Dava certo, mas era um pouco caro para meu salário de estagiária.

Pouco depois, o seu Gerpes começou a ter uns filmes para alugar na livraria. Ele fechou algum acordo com uma locadora de Vacaria e tinha sempre uns 10 filmes disponíveis por semana. Um dos filmes que me lembro de ter assistido nesse período foi Dança com Lobos, no verão de 1993 – sim, o filme já nem era lançamento nem nada, mas eu não podia estar mais contente.

Quando me mudei para Caxias do Sul, demorei um pouco para convencer minha mãe, mas lá pelas tantas ela deixou que levássemos o videocassete para lá. Fiz uma ficha toda contente na Audiolar que ficava na Avenida Julio, pertinho da minha casa. Era uma locadora enorme!

O número de filmes locados aumentou consideravelmente depois que comecei a trabalhar no Pioneiro em 1995. Foram bons tempos.

Independente do lugar em que eu morei, sempre havia uma locadora por perto – e eu sempre me tornava sócia. Acompanhei a transição do VHS para o DVD quando já estava em Florianópolis. E, pouco tempo depois, do DVD comum para o Blu-Ray, já aqui no Rio.

Perto de casa aqui no Rio, havia várias locadoras. Eu já fui sócia de várias, mas não há mais nem uma aberta... É uma pena, pois ainda não há locadora on-line com um acervo completo.Se precisar encontrar um filme antigo de um diretor menos conhecido, sinceramente, não sei o que fazer.

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