Ir para uma Reha, ou uma clínica de reabilitação, é um direito de todos que passaram mais de seis semanas de licença médica. É uma forma que o Estado encontrou para ajudar na reabilitação de pessoas que estiveram doentes por um longo tempo. O objetivo nada mais é do que preparar a pessoa para a volta ao trabalho, oferecendo acesso a diferentes tipos de esporte, fisioterapia, acompanhamento médico e psicológico e por aí vai.
Normalmente, fica-se três semanas na Reha. Pode-se prorrogar, mas tudo depende da disponibilidade. Na clínica em que estou é superdifícil conseguir uma vaga.
Quando estava na metade do tratamento, eu estava muito em dúvida se viria ou não. Para quê? Quero ir logo trabalhar, era meu pensamento. Conversei com algumas colegas alemãs do trabalho, um conhecido que havia ido para uma clínica e aos poucos fui mudando minha opinião. Por que não? Um tempo para mim, em um ambiente diferente, com atividades diversas.
Foi uma decisão acertada.
Cheguei no dia 18 de abril, uma semana após ter voltado da viagem ao Brasil.
Como escrevi em outro post, a clínica em que estou é focada em pacientes que tiverem câncer de mama. São 46 mulheres, com idades entre 20 e poucos até 60 anos. Pacientes jovens, segundo uma classificação usada em clínicas de tratamento de tumores. Na cidade vizinha, há outra clínica para pacientes em geral. Sou grata por ter conseguido vir para cá, pois somos todas parecidas. A troca é muito boa.
Devo dizer que tive um pouco de azar, pois logo depois que cheguei do Brasil, peguei uma gripe. Quando cheguei à clínica, não estava tão mal, mas depois piorei. A segunda semana foi praticamente perdida, infelizmente.
Apesar disso, considero que está sendo um tempo muito bom para mim.
Os primeiros dias foram bem lentos, com poucos compromissos. No segundo dia, tive uma consulta com uma médica muito boa. Como eu gostaria que todas as médicas fossem assim. Ali ainda estava razoavelmente bem. Fiz mais dois dias de atividades e meu corpo disse: chega! Foram cinco dias de febre alta, na cama, suando, tossindo, limpando o nariz a cada segundo.
Desde o final da semana passada, estou melhor. Aos poucos, fui retomando as atividades. Nesta semana, a terceira (já?!), tive dias cheios. Foi bom!
Todos os dias, às 18h, recebemos a programação do dia seguinte. Ontem, por exemplo, que foi um dia cheio, tive exame de sangue, um atendimento individual na fisioterapia (para aprender a massagear a cicatriz), treino na academia, esporte em grupo (foi step, quase como nos anos '90), Nordic Walking, palestra sobre direitos que temos depois da doença e yoga.
Entre uma atividade e outra, temos tempo para relaxar, dormir, sentar-se ao sol (quando ele aparece), conversar com as outras pacientes.
Existe também uma sala com computadores, nos quais podemos fazer exercícios de memória, e uma sala para arteterapia com todo tipo de material para desenhar, pintar etc. A clínica é relativamente nova, as instalações são bonitas, tudo é muito bem cuidado. Também há uma pequena estante com livros diversos e muitos quebra-cabeças.
Todos os dias, às 18h, recebemos a programação do dia seguinte. Ontem, por exemplo, que foi um dia cheio, tive exame de sangue, um atendimento individual na fisioterapia (para aprender a massagear a cicatriz), treino na academia, esporte em grupo (foi step, quase como nos anos '90), Nordic Walking, palestra sobre direitos que temos depois da doença e yoga.
Entre uma atividade e outra, temos tempo para relaxar, dormir, sentar-se ao sol (quando ele aparece), conversar com as outras pacientes.
Existe também uma sala com computadores, nos quais podemos fazer exercícios de memória, e uma sala para arteterapia com todo tipo de material para desenhar, pintar etc. A clínica é relativamente nova, as instalações são bonitas, tudo é muito bem cuidado. Também há uma pequena estante com livros diversos e muitos quebra-cabeças.
No período em que estava doente, li dois livros e montei um quebra-cabeças de mil peças. Foi bom para me distrair.
O tempo durante as três semanas não foi dos melhores. Como eu estava recolhida, nem liguei muito, mas ontem fez um dia lindo e vi o quando é bom quando o sol aparece. Devagarinho, os dias têm ficado mais quentes. Isso me deixa bem mais animada.
Ah, um ponto negativo foi que a psicóloga também ficou doente. Então, praticamente não tivemos atendimento psicológico, o que todas acharam bem ruim.
4 comentários:
Rafaela, que lugar mais civilizado! As pessoas lidam de forma muito diferente com os tratamentos e muitas ficam muito focadas na doença, sem pensar em si de forma mais holística, por assim dizer. Essa ideia de reabilitação é bem legal, um tempo para a pessoa fazer outras coisas, que muitas vezes não tem oportunidade na vida dita "normal".
Espero que aproveite o restinho do tempo e tenha um bom retorno ao trabalho!
beijo, Dani
Muito obrigada, querida Dani!
Beijo
Que lugar lindo! E a ideia de reabilitar as pessoas em vez de jogá-las de novo no mercado de trabalho é ótimo.
Feliz que você está gostando.
Obrigada, Lud!
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