A quimioterapia chegou ao fim no dia 31 de outubro de 2022. No mesmo dia, fizemos uma pequena viagem para descansar a cabeça e sair da rotina. Passamos duas noites em Nördlingen, uma cidade ainda cercada por muros e que fica em um lugar atingido por um meteorito há mais de 15 milhões de anos. Um casal de amigos nos encontrou lá e foram dois dias bem felizes e em boa companhia.
De lá, seguimos mais para o sul, para nosso vagão localizado entre Reutlingen e Passau. Foi a nossa primeira experiência desse tipo. Já havíamos ficado numa minicasa, mas em um vagão, tipo aqueles de circo, foi a primeira vez. O lugar era legal e o vagão, bonito, mas como não estava claro se teríamos água quente e calefação, o primeiro dia foi meio tenso. Depois que ligaram a energia elétrica, ficamos mais relaxados. Painéis solares e um fogão são, a princípio, os responsáveis pela energia, mas como estava nublado e a lareira não esquentou tanto quanto deveria, nada foi como o esperado. De qualquer forma, passeamos bastante pela região e tivemos dias felizes.
Eu já estava gripada fazia uma semana e meia quando viajamos e minha situação. Quando voltamos, eu estava um pouco melhor, mas no dia seguinte, os sintomas começaram novamente com tudo. Estranho, pensei. No segundo dia em casa, tive febre, algo que não tive nunca durante a quimio e nem sei quando foi a última vez na vida. Liguei para o médico, que recomendou repouso, chá e nada mais...
No fim de semana seguinte, notei que estava novamente sem paladar. Só aí resolvi fazer um teste de covid. Eu já estava há quase três semanas doente e não mudou praticamente nada o fato de estar com covid. Eu só fiquei meio triste, porque achei que passaria ilesa. Depois de ter feito o teste, comecei a melhorar. O ruim foi que tive que adiar os compromissos médicos que tinha. Felizmente, a doença não foi pior que o resfriado que já me acompanhava. O paladar foi voltando devagarinho nas semanas seguintes.
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