sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Lixo, sempre um tema polêmico

Todos nós produzimos lixo. Mesmo quem não cozinha em casa, não faz compras, não estuda ou não trabalha. Alguma espécie de lixo, todos nós produzimos diariamente.

Sendo assim, o tema lixo deveria ser tratado com naturalidade por todos, mas não funciona assim. Parece que lixo não tem dono, nunca. Ou é sempre problema do outro. Nunca meu, nunca seu.

Dentro de casa, parece impossível jogar lixo orgânico numa lixeira e lixo reciclável em outra. Ninguém está vendo mesmo.

Da porta de casa para fora, separado ou não, parece que não temos mais responsabilidade alguma. Tanto faz se o lixo vai ficar horas na rua até o caminhão passar, tanto faz se der um temporal, tanto faz se algum catador resolver vasculhar o saco e deixá-lo escancarado, tanto faz se os faxineiros do prédio misturam tudo. Tanto faz.

No trabalho, uma vez jogado na lixeira, alguém que resolva. Infelizmente, é assim que funciona no meu trabalho. Poucos se interessam em separar os papéis de restos de comida. Não querem fazer o trabalho que não é deles (!). Que trabalho é esse, eu ainda não consegui entender. Talvez o tamanho de nossas bundas diminuísse se nos déssemos o trabalho de levantar para levar os papéis a serem reciclados até a lixeira adequada.

Uma discussão recente na cidade foi o lixo que sobrou nas ruas depois da passagem dos blocos. Choveram reclamações contra a prefeitura e a companhia de limpeza. Os argumentos são que havia gente demais, que não havia lixeiras. Tão fácil sempre achar uma desculpa. Os garis são as pessoas que mais trabalham nesta cidade! Se cada um fosse responsável pelo lixo que produz, o cenário com certeza seria diferente.

E não apenas nos blocos. O que dizer da sujeirada que fica na praia no final de um dia? Por acaso ali também havia gente demais, de tal forma que era impossível chegar a uma lixeira? Por acaso não havia lixeiras suficientes, mesmo havendo várias perto do calçadão?


Por enquanto, nesta questão, somos os mais competentes criadores de desculpas.


Quem quer fazer, encontra uma forma. Quem não quer, encontra uma desculpa.

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