domingo, 11 de dezembro de 2016

Revisando 2016

Pelos meus cartões de Natal, sempre pude avaliar como haviam sido meus anos. Costumo escrever que foram anos bons, com bons momentos, felizes. Acho que pela primeira vez em minha vida tive um ano realmente difícil. Posto que completei 40 anos, acho que talvez nem possa reclamar tanto. De qualquer forma, não foi um ano daqueles que sentirei muita saudade.

Apesar de ter passado por momentos horríveis (dentro da minha realidade abençoada), sobrevivi e encerro 2016 com o coração cheio de esperança de que o pior já passou. Agora, diante das escolhas que fiz, tudo ficará bem. Eu realmente acredito nisso. Não controlamos o futuro (tampouco as pessoas), mas podemos trabalhar o presente para que se transforme em um futuro melhor (já as pessoas, podemos simplesmente decidir pela não convivência com aqueles que nos ferem).

Por meses vivi com o coração pesado, sem qualquer vontade de planejar o que quer que fosse. A situação começou a mudar nas últimas semanas. Estou cheia de planos e já com uma grande viagem em vista (e planejamento) - isso me faz ter razões para sair da cama de manhã, o que diante dos sentimentos recentes é bastante coisa.

É claro que 2016 não foi feito apenas de acontecimentos ruins. Houve muitos e muitos momentos em que estive feliz.

Fui à Alemanha em abril, à França em julho/agosto e ao Canadá em outubro. Pela primeira vez na vida fiz três viagens internacionais no mesmo ano, sem contar que comecei 2016 em Punta del Este, no Uruguai. Nesse ponto, foi o melhor ano da minha vida.

Festejei meus 40 anos tendo ao meu lado as pessoas mais importantes da minha vida. Faltaram algumas poucas, mas posso dizer que naquela noite de lua cheia em setembro eu me senti a pessoa mais privilegiada deste mundo. Minha mãe, meus irmãos, minhas madrinhas, a Márcia, a Lisély, a Ju, a Eliane, a Tati, a Gabi, a Julia e tantas amigas e tantos amigos de diferentes fases da minha vida estavam ali junto comigo. Considerando este fim de semana, foi o melhor ano da minha vida.

Consegui passar uma semana na Lapinha em abril, o que foi meu presente (adiantado) pela conclusão do doutorado. Foi uma semana muito especial, cuidando de mim. Na época eu ainda nem imaginava tudo que teria de passar, mas acredito que ter tido essa vivência me ajudou mais tarde. Em termos de presente, este foi o melhor que eu poderia me dar.

Concluí o doutorado. Sobre isso, os sentimentos ainda são muito contraditórios. Então, por ora, posso dizer que às 18h do dia 21 de junho senti alívio. E ponto.

Espero que minha memória seletiva lembre-se de apagar os momentos ruins deste ano (como fez com os dos anos passados). Desejo que 2017 me traga tantas razões para me sentir feliz que eu simplesmente não tenha nem tempo de me lembrar do passado recente.

Obrigada ao Zero Assoluto e ao kindle, por me distraírem alegremente da realidade diversas vezes.

No mais, agradeço ao meu anjo da guarda pelas incontáveis horas extras.

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