Em vários momentos diferentes, penso que gostaria de escrever um post. Só que nem sempre dá naquele instante, aí deixo pra depois e acabo esquecendo o que tinha de tao importante para registrar.
Neste momento nao tenho nada de importante para dizer, mas gosto tanto quanto os blogs que sigo dao sinal de vida, que resolvi dar um por aqui também.
Os dias nao têm sido fáceis. Grande novidade, né? Parece que esse martírio nao tem fim. Nao bastasse agora a cada par de dias saber de alguém que está doente por causa do vírus, no sábado perdi uma grande amiga, que teve outras complicacoes de saúde, ficou em coma por quatro meses e agora, como escreveu a nora, descansou. Toda vez que leio uma homenagem a ela, fico novamente tao desolada. Eu nao consigo acreditar que na próxima vez que nossa turminha do mestrado se reunir, seremos apenas cinco. Eu nao consigo acreditar que ela morreu. Parece que a ouco dizendo em tom conspiratório: "Isso aí, Rafinha, é tudo intriga da oposicao".
Eu ando me sentindo angustiada demais e ansiosa demais. Comprei dois livros indicados nos comentários de um post da Lud. O primeiro, sobre depressao, fui obrigada a abandonar. Quando o autor comecou a contar como as pessoas se matavam, achei melhor parar de ler. Nao que eu esteja a esse ponto, mas ler sobre isso acho que me causaria uma angústia ainda maior. O segundo, sobre ansiedade, é mais "leve", mas acabei lendo outros dois livros enquanto o estou lendo. Aliás, um que gostei muito foi o de Alexandra Gurgel sobre odiar o próprio corpo. Vivemos mesmo numa sociedade doente.
Ainda nao consegui decidir sobre quando vou me dar uma semana de férias. Eu queria sair um pouco da rotina e nao simplesmente ficar em casa sem fazer nada. Talvez no comeco de maio, vamos ver. Abril já está quase no meio... Ano passado fizemos alguns tours de bike em maio e foi tao bom. Quem poderia imaginar que neste ano a situacao estaria pior do que há um ano.
Enquanto estava escrevendo este post, recebi uma mensagem de uma amiga brasileira. Ela conseguiu um emprego em uma biblioteca! É como se eu tivesse recebido um choque de ânimo. Estou sentindo uma alegria sem tamanho. Incrível como uma notícia boa pode ser transformadora.
4 comentários:
oi Rafaela,
Fui eu que comentei sobre os livros no post da Lud. Realmente, ele não é fácil de ler e não estamos na época mais adequada para ler coisas tão pesadas. Eu venho de uma família onde já tivemos que lidar com algumas situações envolvendo depressão de pessoas próximas e foi difícil, muito difícil. O livro, para mim, tem uma mensagem de esperança dele, lá pelas tantas ele diz que sabia que ia melhorar, que ele não ia se sentir assim para sempre, então isso dava forças para levantar. E tem a mensagem da aceitação da medicação, que para ele levar a vida que ele gosta de ter, ele precisa de medicação. Que se ficasse fechado em casa, levando uma vida pacata e sem contatos sociais e estímulos, talvez conseguisse ficar sem os remédios, mas que ele não queria essa vida para ele. Isso me tocou porque eu preciso de uma vida calma, de tempo livre, de descanso mental, quando não tenho isso fico bem desestabilizada.
Realmente a situação está difícil, aqui no Brasil ainda temos que lidar com o negacionismo enlouquecido de alguns, e um governo que mais atrapalha que ajuda. O que me ajuda é sair um pouco para caminhar, evitar redes sociais, ler coisas leves - eu terminei toda a saga do Harry Potter semana passada - foi bom ler essa série onde os maus são punidos e o bem vence.
Cuide-se porque vai melhorar, e a gente tem que sobreviver para poder aproveitar!
beijo, Daniela
Oi, Daniela!
Sim! Eu lembro que foi você. Eu até comentei no mesmo post, mas sei lá por que meus comentários nao aparacem - aconteceu em outros posts do blog da Lud, mas agora já voltou a aparecer, acho que tinha a ver com o computador que eu estava usando.
Os dois livros sao muito bons. Gostei da forma como o primeiro é apresentado. Você tem toda razao sobre a forma como ele trata sobre remédios e tratamento. Acho que só nao comecei a ler no momento mais adequado. Ele está lá salvo no kindle, uma hora dessas eu volto. O do Solomon continuo lendo, mas intercalando com outras leituras mais leves.
Obrigada pelas dicas. Agora que os dias estao mais quentinhos, acho que conseguirei ficar um pouco mais ativa e, como você indica, longe um pouco de redes sociais.
Eu amo Harry Potter! Reler poderia ser mesmo uma boa ideia para este momento. Eu sempre fico tocada pelo amor presente em diferentes formas de relacionamentos na história - materno, fraterno, romântico.
Que você continue saudável também.
Beijo e obrigada!
Olá! :) O que tem me segurado ultimamente são os livros (e a leitura de blogs). Mas só tenho lido coisas leves, divertidas, romances... Não vejo tv, tento manter as notícias no mínimo e não tenho mais redes sociais. Foi o que consegui fazer pra me manter "sã".
Oi, Andrea, que bom ler o teu comentário.
Eu ando muito presa ao celular. Gostaria de diminuir meu acesso a notícias, especialmente as do Brasil, mas quando menos espero já estou lá lendo de novo. Cortar as redes sociais é um pouco mais difícil, pois estando longe é uma das maneiras de acompanhar, de certa forma, a vida dos conhecidos que ainda gosto - pois a pandemia me afastou de muita gente, felizmente! Vou tentar, porém, seguir a tua fórmula. :-) Obrigada!
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