quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pais e filhos

Ontem acabei de ler Por favor, cuidem da mamãe. À tarde, fui ver o filme francês Amor. Ao final do dia, ao pensar sobre os dois, notei algumas semelhanças. As histórias são distintas, mas envolvem pessoas de idade avançada, o relacionamento entre pais e filhos e, de certa forma, como encarar as dificuldades em determinado ponto de nossas vidas.

O livro trata, resumidamente, da história de uma mãe que se perdeu em Seul ao ir visitar os filhos. Ao longo da leitura, percebemos o quão pouco cada filho sabia sobre a própria mãe e quão pouco o marido conhecia sobre a esposa. Em Amor, acompanha-se as últimas semanas (meses) de uma pianista que vive com o marido. Ao sofrer um enfarte, ela passa a ser cuidada pelo marido.

São histórias bem contadas, mas nada fáceis. Acho que é meio impossível não ficar pensando em nossas próprias vivências. Afinal, todos somos filhos e, com sorte, muitos ainda temos nossos pais.

As duas obras nos levam a pensar o quanto conhecemos de nossos pais, de nossos irmãos, de nossos filhos. A convivência diária não significa conhecer a fundo. Quanto tempo de nossos dias dedicamos a essas pessoas tão importantes? Devemos mesmo dedicar? Devemos nos dar o direito de levarmos nossas vidas, assim como eles levaram as suas? Pais devem cuidar dos filhos até quando? Filhos têm mesmo a obrigação de cuidar dos pais? O quanto cada um pode ou deve esperar do outro? Até quanto os pais podem determinar o que o filho deve fazer? Quando é que os filhos começam a se achar no direito de dizer o que os pais devem fazer? Qual o comportamento certo em tudo isso?

Ficaram muitos questionamentos. Ainda não consegui encontrar muitas das respostas. Sigo pensando.

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