Ontem acabei de ler Por favor, cuidem da mamãe. À tarde, fui ver o filme francês Amor. Ao final do dia, ao pensar sobre os dois, notei algumas semelhanças. As histórias são distintas, mas envolvem pessoas de idade avançada, o relacionamento entre pais e filhos e, de certa forma, como encarar as dificuldades em determinado ponto de nossas vidas.
O livro trata, resumidamente, da história de uma mãe que se perdeu em Seul ao ir visitar os filhos. Ao longo da leitura, percebemos o quão pouco cada filho sabia sobre a própria mãe e quão pouco o marido conhecia sobre a esposa. Em Amor, acompanha-se as últimas semanas (meses) de uma pianista que vive com o marido. Ao sofrer um enfarte, ela passa a ser cuidada pelo marido.
São histórias bem contadas, mas nada fáceis. Acho que é meio impossível não ficar pensando em nossas próprias vivências. Afinal, todos somos filhos e, com sorte, muitos ainda temos nossos pais.
As duas obras nos levam a pensar o quanto conhecemos de nossos pais, de nossos irmãos, de nossos filhos. A convivência diária não significa conhecer a fundo. Quanto tempo de nossos dias dedicamos a essas pessoas tão importantes? Devemos mesmo dedicar? Devemos nos dar o direito de levarmos nossas vidas, assim como eles levaram as suas? Pais devem cuidar dos filhos até quando? Filhos têm mesmo a obrigação de cuidar dos pais? O quanto cada um pode ou deve esperar do outro? Até quanto os pais podem determinar o que o filho deve fazer? Quando é que os filhos começam a se achar no direito de dizer o que os pais devem fazer? Qual o comportamento certo em tudo isso?
Ficaram muitos questionamentos. Ainda não consegui encontrar muitas das respostas. Sigo pensando.
Este blog já se chamou Cenas do Rio na época em que morei no Rio de Janeiro. O título nunca fez muito sentido, pois o Rio acabou nunca sendo o tema principal. Acho que o novo título, Uma vida em vários cenários, tem mais a ver neste momento. :) O endereço, porém, por ora, continuará o mesmo.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
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